segunda-feira, 31 de outubro de 2011

trincheira

não interessa nada que ele seja bipolar. gosta de ouvir música e ela não deixa porque é barulho a mais e até nem há rádio nem gira -discos lá em casa; gosta de desenhar pássaros, até já me trouxe um desenho às escondidas, mas ela diz que é uma perda de tempo; gosta de ler, na língua mãe, mas ela chama-lhe tolo por andar com poesia em francês. penso muitas vezes chamar uma guerra fria a isto que é o eles mas, depois, mudo de ideias e só me consola, em desconsolo, chamar guerra das trincheiras. ele sabe que sem ela não existe, trinta anos a amparar-lhe as crises, apenas porque com ela só vai, entre um aqui e um ali, existindo. sem ela morria-se-lhe o corpo e com ela vai-se-lhe morrendo a alma. já a baptizei. ela é a veladora oficial, em trincheira de morte, da sua vida.

domingo, 30 de outubro de 2011

passos vadios

arranham o chão que se pisa, céus invertidos de olhar: é líquido o que os faróis apontam, passos vadios, e se esbatem ao passar.

sábado, 29 de outubro de 2011

encaralhando

ouvi assim: se eu tiver de ir para o caralho, prefiro ir logo e não ficar a dar trabalho nem a sofrer.
pensei assim: ir para o caralho, morte anã, é tão grande como ir, morte gigante, para o caralho. se soubessem no que penso mandavam-me para ele, para o caralho. isto é, ou pode bem ser, esta conversa a solo, bem perto de tão longe, a definição de ficar encaralhada. então, concluo, ando sempre encaralhada de caralhos frescos. Caralho, Olinda!, faz lá uma pausa! 






sexta-feira, 28 de outubro de 2011

jantarar



coisa bonita de se ver, sabedoria apertadinha por crescer reunida na sala p’ra jantar: hoje há sopa de letras, ralada por canetas – a aguardar mastigar o pensar.

os cereais biológicos e o loureiro são inibidores

alto! Portugal está, de facto, no bom caminho: o Minho já se dedica a produzir cerveja biológica com rolhas de cortiça e depois da descoberta publicada pela revista Journal of Neuroscience, estudo revelador de que a cannabis produz caos cognitivo no cérebro, tenho a certeza que em breve os estudantes vão passar a queimar loureiro.

ora mais não será de esperar do que uma nova geração vindoura, uma geração desprovida de químicos e de conservantes. como é que depois vão conseguir manifestar-se?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

viva a caganeira!


sem destino, desatino



fossem assim, rectas, as linhas da vida
(como quando o burro, ora em palas, leva o que leva no dorso ao destino)
e ela, já curta, mais curta seria:
a vida anda em dançar de serpente
e corre, veloz, puma esfomeada, no dia
voa, picada, como faz o repente
(cai, gatinha, erge-se, imperfeita!, como só pode ser desatino)

misturas apaixonadas



de entre todos os ingredientes escolho a malagueta como sendo o mais apelativo: é bonita de se ver: lisinha e de um vermelho doce, usa chapéu verde e elegante. ao despi-la, encontro-lhe as sementes que fazem arder e nunca tenho vontade de deitá-las fora, talvez por ser-me convencida que paixão não é coisa de colocar no lixo, por isso atiro-a inteira e aprecio-a, enquanto se mistura com os outros sabores, vejo-a tornar-se, como parte, o todo. e depois é ver quem a prova em brasa, a mostrar o que vale de dentro para fora, já que de fora para dentro é uma bomba de sensualidade.




quarta-feira, 26 de outubro de 2011

tempestades, flores e fruta

quantas vezes dizemos, ou se não dizemos pensamos, esta é a pior fase da minha vida. e depois, inesperadamente num dia qualquer, sentimos que afinal esta está a ser bem pior do que a outra. a última. e vamos vivendo, arrecadando forças para sair desta para depois aguentarmos com outra. será, talvez, isto, esta capacidade de superar não conformidades, leixões nos caminhos, que nos faz viver mais - e talvez melhor: curiosamente durante as tempestades, nas embarcações que vemos afundar, deixamos que tudo o que importa permaneça. e rega-se, assim, a árvore da força. flores, nasçam as flores. e a fruta.

amarelo-vivedor

 

encontrar vida na merda de vida
que coisa dorida que é ser vivedor.
 preferes tu ser liquificador de vida?,
preferes sim, sim senhor,
que os sólidos são meus e são dele
são de amarelo-vivedor.




apagados





sonhos lambidos de terra, apagados de chuva e de vento
descansam, sem lamento,
de flor ao peito.
é assim o amor esquecido
de chuva e de vento lambido
sem pesar e sem proveito.

mudidão


ouve-se, diz-se, solidão - dos espaços abertos do tudo, por onde escapam os tesouros do tempo. que é mudo.



terça-feira, 25 de outubro de 2011

cor de aceitação

as mudanças, as transformações, percebem-se em pequenas, e talvez disparatadas, coisas: já não me sobem os calores de irritação quando percebo que para certas gentes os únicos tombos existenciais de que sofrem são cambalhotas de sexo. já não fico roxa, crítica na ponta da língua, fico da cor do marfim - aquela que serena qualquer parede de uma qualquer assoalhada de uma casa. aceitar, dos outros, o profundamente diferente e impraticável, por mim,  até é bonzinho. mas há-de ser mesmo bom; há-de ser como passar uma tarde a ver se um pinheiro cresce.

aldrabice generalizada

nem sei para quê que continuam a dizer que ler é remédio santo para chamar o sono.

(eu, se começo a ler, desperto)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

ser ininterrupto

ficar indiferente perante um cão ou um gato ao sol, é ser-se besta. se estes estiverem estendidos e feridos, é ser-se horrendo. passar por uma criança sem olhá-la, esteja ela feliz ou triste, é ser-se cego de alma - e desprezá-la em sofrimento é ser, simplesmente, não ser.

alerta-se todos os não ser que ser é o mínimo que se exige para viver no mesmo mundo. é urgente ver sorrisos num cão, filosofia numa pedra e sol num olhar de uma criança: é urgente viver, ser amar, ininterruptamente, em ficar.

domingo, 23 de outubro de 2011

é por tudo o que em que em nós corre, que se vive e que se morre

como diz, e bem, a canção " é por tudo o que em que em nós corre, que se vive e que se morre". isto, esta frase isolada, retrata claramente como tantas vezes, e com tantas vidas, se acaba exactamente da mesma forma que se começa todos os dias. acabam banhados em sangue, cegamente agredidos. mas será agressão aquela coisa de experimentar em si o que se dá a provar aos outros? existem direitos quando se vive a castrar os direitos dos outros?

sábado, 22 de outubro de 2011

prenda da rádio



agora fiquei derretida como fica a manteiga, antes da farinha, na forma.

nubleza



cantos espessos de vida, na vida encontrados, embelezados de nu –
crescem para cima, para baixo, para os lados; crescem de frente nas traseiras dos dias,
como encantos, melodias, fazem sombras desensombradas e sadias
 em cantos embelezados de nu:
(como não vês o que vejo eu, tu?)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

a putice da humanidade

a propósito da doação cadavérica, não me parece bem ser uma acção meramente filantrópica pela simples razão de que existem outras acções, como ser-se cobaia de ensaios de fármacos ou doação de esperma ou de óvulos, remuneradas para o mesmo efeito. mais: enquanto no primeiro caso estaremos a doar a morte para potenciar vidas, nos segundo e terceiro casos estaremos a doar vida por vidas. ora se é neste ponto que reside a diferença, num ponto de vista de morte ou de vida, mais pertinente será remunerar a dádiva da morte em vida - uma espécie de celebração anticipada, sem lágrimas e cheiro de fim, com alegria.

o mundo vende, a cada segundo, o sexo do corpo sem qualquer propósito de amor à humanidade. mas isso, sim, é aceitável e é para o lado que ela, a humanidade, dorme melhor. puta de humanidade.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

lastre






prenúncio de sorte, mudança a vapor
no vazio se veste
escala sem pressa, cor ante cor,
sabe de cor, a alegria,
que para se encher esvazia
lastre






o amor usa cachecol

agora ainda acordo mais cedo só para sentir a brisa fresquinha do orvalho na ponta do nariz. e de repente, estas coisas surgem-me assim sem pedir licença, penso que o amor é bem mais do frio do que do calor porque precisa de acrescento, mais e mais, para ficar erguido. e nu.

(não é estranho imaginar o amor de cachecol - é quentinho)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

chibatadinhas de amor

fiz ontem, ao fim da tarde, a minha primeira colheita de cidreira, oregãos e hortelã - a salsa ainda não cresceu e o que fiz foi dar-lhe chibatadinhas de amor, o mesmo é dizer que esfreguei as minhas mãos nela para lhe soltar e espalhar as sementes, para fazê-la viver.

e andei a pensar numa música para celebrar.



terça-feira, 18 de outubro de 2011

doença terminal

se não conseguimos ver um mundo propriamente educado e limpo e dócil às regras, se não coubermos na razão do cabresto, antibiótico que esteriliza a vida - estilizando-a à matemática e à lógica-, somos decadentes e vivemos, em desordem, em poesia existencial, mesmo mesmo, difícil de tratar?

então essa doença é a minha e acabei de descobrir qual é o meu malzinho.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

camas do povo




sua flor, que é minha e tua
jardins nossos, garridos, lavados e com cheiro a novo
tesouro, aos olhos, maior não há
e eu, rainha decreto
os lençóis de papoilas as camas do povo!

hey

cresci a ouvir o Julio. e o Roberto. hoje apeteceu-me, em sintonia com a rádio que fez de lembrete, esta:


domingo, 16 de outubro de 2011

morte embarcada

não. não está meio olhado nem meio por olhar; nem meio suspenso nem meio por suspender;
não está meio puxado nem meio por puxar - não, não está.  estas águas não entram em conchavo, são de tino, brilhante, molhado, maré viva do que o mar faz prever - não está meio olhado nem meio por suspender: está, embarcado, a morrer.


sábado, 15 de outubro de 2011

poesicida

acabei mesmo agora de pensar que quando um dia eu me acabar será porque a poesia acabou comigo.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

ternura





usa barba rasteira, a ternura – é relva regada, aparada, meiguinha, que passeia em meias de lã. e vive do eco do silêncio, sem amargura, sorriso em sorriso: é assim o hoje que se calça de amanhã.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

o que se pode aprender nos baptizados

ouvir e rir muito é, sem dúvida, a melhor forma de passar o tempo em certas festas convencionais. por exemplo, comer uvas um dia inteiro para emagrecer é das coisas mais hilariantes que há se atendermos ao facto de isso implicar andar a cuspir caroços chatos quase ininterruptamente. imaginar um gato que incorpora um espírito e se transforma em vaca também - isto bem explorado comprova o sucesso dos restaurantes chineses. prestar atenção à conversa de duas mulheres que se debatem sobre o pressentimento de o salão de festas as remeter para uma caverna ancestral e imaginar, tal e qual um casting para a Hanna.Barbera Productions, qual delas mais se parece com as personagens dos flinstones. o truque de quase arrancar a etiqueta de um casaco - quase porque a intenção é ficar semi-operacional, para devolvê-lo após a festa, também dá que pensar no tamanho da crise na cabeça das gentes: aquela coisa do usar o que não se tem é meio casaco andado para mostrar que as aparências desiludem.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

doravante



tela cinzenta de olhar, não é, oásis sem dissipação - são assim os encantos invisíveis, perto dos olhos, barcos em águas constantes, rios discretos de agitação, desenhos serenos. doravante.

domingo, 9 de outubro de 2011

deusas de calor




ai que furor!, erectas de bom humor!, reinas d'encantar jardins! - vão, vestidas a rigor, em olhos de alegria, curar fígados, embelezar com mestria: são deusas de calor.

sábado, 8 de outubro de 2011

o mundo em doze linhas

o mundo está assim: acha-se, 
achar é um verbo que inocenta a culpa de usar o que não é nosso, 
uma carteira carregada de notas, 
e de identidades,
avalia-se se a pele é genuína, 
uma pele genuína é aquela que tem punção cara,
corta-se aos bocadinhos todo o recheio à excepção das notas,
cortar tudo é igual a isto nunca aconteceu,
e gozam-se as notas com o gozo de gastar o décimo terceiro mês.

e a vida segue,
de quem não sente as voltas de uma caganeira a chegar,
com tranquilidade.


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

céu de liberdade




é como o céu, de azul pintada, e rochosa, a liberdade: metade de abertas, risonhas, ao sol e a outra metade em quadrados, escravos, da saudade.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

epifania d'amor




diz ele, e bem, que "as andorinhas são uma aceitável metáfora para os amores da adolescência e as incertezas da velhice."
e eu, digo assim:  


são amores-menina, são, são sonhos pendurados no ar, em filo d'epifania, sem abrir e cerrar fila.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

os podres não estão para mimos

ofereceram-me um saco, em plástico resistente, pintado de mulheres, desenhadas em antigo, e de dizeres, ideal para transportar mimos - bolos ou rissóis ou o que levo quando vou jantar a casa de amigas. o destino que lhe dei, logo no imediato, quando os meus olhos lhe pousaram está agora desfeito. enquanto o apreciava com toda a minha atenção, ainda só o tinha mirado ao de leve, por entre o pequeno almoço, descobri-lhe um podre tão podre tão apodrecido que o sonho de ele ser o meu transporte de mimos desfez-se. virei, revirei, tentar perceber ironia ou escárnio, algo que justificasse tamanha desilusão. mas não, está mesmo podre o saco: por entre as palavras desenhadas aparece maçagem em vez de massagem. eu até tentei que o sentido da frase recaísse para o linho. mas não, não há escapatória possível: o suposto transportador de mimos terá o que merece: vou recortar a palavra aprodrecida - e como depois ficará um buraco enorme que retira utilidade ao saco, irá para o lixo e para junto do que cheira mal.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

viva o rei! viva!

durante a madrugada fui tia, quero dizer tia em estado activo porque já o sou desde que ele nada nas águas do dentro, pela segunda vez. ser tia de dois reis não é fácil, é um desafio constante. e se for um rei da estirpe do outro, ai que reinado! de gente, ai que amante do saber!

(agora só quero pegar-lhe e dizer-lhe, em abraço de cristal, que sou a tia amoricultora do seu reinado)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

flores, perdão, escolho uma


 chamo-vos deusas,
reinas dos sentidos,
o que seria dos homens sem vós,
que são sementes da história,
estaríamos, estou certa, perdidos, 
ah, queridas ternuras da glória!


as flores fazem, também elas, a história da humanidade – e o que seria da humanidade sem jardins e dos jardins sem histórias de flores? religião, mitologia, folclore, alimento, medicamento, ideal, sentimento, celebração: elas cabem em todas as nações, gerações e ocasiões. 

talvez a rosa seja a mais marcante de percurso, muito antes da coroação de cloris como rainha das flores e da rosa como símbolo do amor e do desejo e emblema do silêncio e do sigilo, reza a história que a forma selvagem da rosa possui espécimes fossilizadas com mais de trinta e cinco milhões de anos.

no século V a.c. os chineses extraíam óleo das rosas, cultivadas no jardim do imperador, a ser utilizado pelos nobres; cleópatra tinha uma paixão por rosas. durante as festas em atenas jovens de ambos os sexos, coroados de rosas, dançavam nus na sombra do templo de hymen para simbolizar a inocência da era de ouro; os romanos acreditavam que ao decorar os seus túmulos com rosas iriam apaziguar os manes (espíritos dos mortos); nero era louco por rosas; durante os generosos jantares, pétalas caíam dos tectos dos salões de banquete; cristãos viam na rosa o símbolo de paganismo, orgia e luxúria - tertuliano escreveu um volume total contra a flor; em liturgias católicas, a virgem maria é chamada "rosa mística"; depois de leão IX ter sido eleito papa em 1084, instituiu a cerimónia da rosa de ouro - muitas variedades foram perdidas durante os anos entre a queda do império romano e da invasão muçulmana da europa. durante as eras das trevas, as rosas encontraram refúgio em mosteiros. a rosa tornou-se num importante símbolo heráldico; durante a "guerra das rosas", a casa de york foi simbolizada por uma rosa branca e a casa de lancaster por uma rosa vermelha - a paixão por estas flores e respectiva propagação, nasce da frança para as ilhas britânicas e em toda a europa ocidental para a américa e austrália;  a rosa selvagem é a flor do estado de iowa, dakota do norte, geórgia e nova york. é também a flor oficial da Inglaterra.

mas de entre as flores, sendo a rosa privilegiada de história, não é que goste de contrariar mas, antes, de quebrar a rotina dos textos, escolho a orquídea - flor com longa duração de vida e particularmente perfeita. com aparência elegante e jovial, costuma chamar a minha atenção imediata: veste-se de exotismo e, invento, incomumnismo, evocando-me refinamento e inocência, sedução e delicadeza.

no mundo, fora do meu mundo, existem cerca de trinta mil variedades de orquídeas e cerca de trezentos e cinquenta géneros na américa latina.

(dizer mais será incomodar-lhe a rara beleza)
vontade de fazer fascículos. vou burilá-la, as vontades são para ser buriladas, e concretizá-la.

domingo, 2 de outubro de 2011

caldo de lágrimas



ouve-se, por aí, que todas as fases da vida são para ser aproveitadas - senão rentabilizadas. talvez com um conta gotas se consiga captar lágrimas e armazená-las em frasco para serem reutilizáveis na culinária e em vez da tradicional frase "adicionar sal qb" passe a usar-se "adicionar duas colheres de caldo de lágrimas. tenho a certeza absulota que é isto que falta para as receitas serem, feitas da cozinheira também produtora da iguaria, verdadeiramente originais.

sábado, 1 de outubro de 2011

música, peixe e quentura

a rádio, que de vez em quando parece escutar-me, presenteou-me com estas músicas por entre o amanhar do peixe fresquinho e o acender do fogareiro quentinho. ou, pelo menos, eu quero que fique. que bom.


o riso e a semântica

o riso é dos domínios do diabo por implicar o festim da alma. mas também é coisa dos anjos pela leveza que produz. mas quando há riso sem festim nem leveza, por mera imitação, ele é simplesmente ridículo.

(e a questão é que há, de facto, dois tipos de riso - sei bem distingui-los - mas uma só palavra, riso, que não os denuncia)