sábado, 22 de outubro de 2022

como se eu fosse o princípio do fim

depois de ouvir dharmaland e nature boy por aí adormeci. e sonhei depois, acordei cansada de tanto querer, querer nos sonhos cansa por conta de ser dharma por dentro de dharma a acontecer. de olhos abertos sonhar não me cansa e se sonho com o ronito fico firme no meu querer e não arredo pé, arrecado os medos depois de lhes dar estalos nas caras, arrecado e não os mato, ando a aprender que os medos também servem para me defender, estou a mentir agora devagarinho e já explico: arrecado os medos e não os mato porque estes medos são bonzinhos e pequeninhos, nada em si me mete medo de os medos afogar. e depois, confesso, também não mato os medos deste medo porque fico com medo de o magoar. porque o que eu quero é passar o túnel dos medos com o medo ao colo, quero protegê-lo dos sustos do mundo, embalá-lo em mim e ouvir para sempre uma canção, dar-lhe banhinho que esquente até os medos mais casmurros que se levantam em contradição a boicotar tudo como se eu fosse o princípio do fim.

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