domingo, 27 de novembro de 2022

um fastio

ultimamente não ando a acertar em nenhum livro que encomendo. escolho pelo resumé, pois claro, depois chegam, eu gosto de encomendar coisas que me chegam pelo correio ou que tenha de ir levantar: escolho, pago e depois esqueço-me de que comprei e passam os dias e um dia chegam e é como se fossem prendas, fico surpreendida e feliz, como estava a dizer, depois chegam e começo a ler e encosto-os para canto, perco logo o interesse, já é o terceiro. os livros têm de ter aquela magia da descoberta, de as ideias serem sempre um estímulo às que se seguem, vibrantes, aquelas ideias, ideias que se fazem de palavras e imagens e silêncios, os silêncios são uma espécie de convite induzido à reflexão. de maneira que não tem havido livro que me chegue, que eu própria me faça chegar, pelo qual me apaixone. têm sido um fastio, um desconsolo total e absoluto. e depois, já se sabe, releio o que já reli quinhentas vezes para encontrar sempre algo novo. e encontro.

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