quarta-feira, 31 de maio de 2023

o que queremos conta para nada se o que queremos não é o que o outro quer. é fodido, em chanfrado português. a reciprocidade é uma preciosidade rara, concluo. e ainda assim, mesmo que exista, não existe se não for concretamente demonstrada, concluo novamente. dependendo de como estamos, de como nos sentimos, tudo pode ser interpretado aos nossos olhos e não como o outro transmite se essa transmissão não for explicitamente comunicada, outra conclusão. quer dizer, às vezes os meus sensores mais sensíveis e inteligentes podem estar avariados e eu sequer nem me aperceber e perceber tudo ou ao contrário ou pela metade ou até mesmo erradamente. e quem me ilucida? e quem me desconstroi os pensamentos tortos? olha, ninguém. é o meu coração que também tem de levar com a minha cabeça cansada, fatigada de voltas e voltinhas quando anda a decifrar enigmas que se calhar nem enigmas são. eu acho que sou uma super-mulher mais super do que as outras, isso é certo. e mais chorona, muito mais, também. sou a miss lambona de lágrimas do universo e não o tenho para lamber-me a boca das lágrimas que lambo. !ai! como eu queria sentir o Viço com o meu viço. mas tudo me é negado, raios de lua me partam.

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