sábado, 31 de janeiro de 2015
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
bem visto
ainda bem que não restaram sabonetes: estes são altamente potenciadores de micoses e a Grécia precisa de limpeza no bidé da democracia.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
domingo, 25 de janeiro de 2015
sábado, 24 de janeiro de 2015
isto é literalmente a lógica da batata - e da contraproducência. é uma dica de sobrevivência que dá vontade de rir: o rapaz leva uma batata e um ovo para o monte mas esquece-se do tacho e, ainda assim, acha que mata a fome com o truque depois de demorar, entre os preparos e a confecção da delícia minguada, mais de meia hora.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
domingo, 18 de janeiro de 2015
sábado, 17 de janeiro de 2015
shoular
hoje lembrei-me da Shou, uma colega de escola dos anos noventa. sempre pensei que a Shou um dia seria realizadora de cinema, não pelas narrativas em si que escrevia mas porque eram altamente visuais. porém, entediavam-me: o seu erotismo, pornográfico de tão visual, ia sempre dar a uma trancada encostada à parede de um beco sem saída. a Shou chinesa era filha de chineses que tinham, na altura, um restaurante em Passos Manuel bem próximo da escola onde estudávamos. e enquanto outras se derretiam nas fantasias que a Shou lia em alta voz eu preferia sempre escapar-me para a cozinha do restaurante - ia atrás dos bastidores daquele cheiro que me perturbava tanto mal entrávamos durante as pausas mais longas das aulas. a Shou tinha uma irmã pequena muito interessante: não só tinha os olhos em bico como os usava em bicos de curiosidade perante as bonecas que fazia questão de banhar na pia da louça que ia chegando das mesas. um verdadeiro nojo em que a gordura dos pratos se misturava com as cabeleiras das barbies e com as mãos da Shouzinha. e é Shouzinha porque não me lembro do nome dela - nem do nome dela, nem de matrículas de automóveis nem de números de telefone e nem dos autores dos livros que já li.
e hoje lembrei-me da Shou, do que será feito da Shou, porque de manhã cedo, não sei como nem porquê, entrou-me pelo nariz o cheiro perturbador do restaurante dela. de qualquer forma foi bom lembrar.
e hoje lembrei-me da Shou, do que será feito da Shou, porque de manhã cedo, não sei como nem porquê, entrou-me pelo nariz o cheiro perturbador do restaurante dela. de qualquer forma foi bom lembrar.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
tendências sexuais para 2015? mas o que é isto? então o tesão pelo outro, ou por si mesmo, tesão à séria que pouco ou nada tem que ver com artifícios ou meros estados de espírito ou de biologia, não tem de ser absolutamente natural e espontâneo? há coisa mais ecológica do que isso?
é por isso que o mundo é um caos: a energia sexual, poderosíssima e importantíssima, marada anda por aí à solta e em cruzamento...
é por isso que o mundo é um caos: a energia sexual, poderosíssima e importantíssima, marada anda por aí à solta e em cruzamento...
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
que palavra tão especial descobri!. é a fonética que a faz especial. repara bem: o cri, em alta voz, exige um movimento de língua invulgar - uma especificidade álacre.
comecei a ouvir a melodia só por causa destas palavras: e se amor não é amar?. depois, quando chegou a vez da voz, fiquei com ganas de aliviar a tripa. também acontece.
cada vez há mais coisas que não entendo, que não sei. ao mesmo tempo, cada vez sou menos aflita - não por querer saber - por não saber porque não entendo e porque não sei. será coisa da meia idade. bem visto, e se viver até aos oitenta, apesar de ter sempre a sensação de que o mundo precisa tanto de mim que vou viver sem rugas até aos cento e vinte anos, já estou na meia idade. não sei bem se agora o tempo passa mais a correr ou se aumentou a minha vontade de vê-lo passar - até porque só quero mesmo, sempre quis, o tempo de ficar.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
sábado, 10 de janeiro de 2015
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
quem me dá este castelo
p'ra eu por fora me isolar?-já que por dentro
, no jardim,
não faltam flores. cheirar
p'ra eu por fora me isolar?-já que por dentro
, no jardim,
não faltam flores. cheirar
quando fazemos muitas perguntas quase ninguém gosta. principalmente no mundo do trabalho.querer saber parece querer significar remar contra a maré. mas a questão reside mesmo aí: o mar é uma imensidão de correntes e de inconstâncias e de ondas ora revoltas em orquestra ora mansas de pifarinho. gostar mesmo, as gentes, gostam de águas paradas: ainda não descobriram, nem descobrem - a personalidade quieta não lhes permite -, que no fundo do rio tudo se faz lodo.
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
cão, festas e poios
mais feminina ela não pode ser. o olhar é tremendamente meigo, os cabelos são longos e morenos, abana constantemente o rabo farto e quando vê um poio ao longe dá-me imediata indicação para atravessarmos para o outro lado da rua. ademais, usa um corpete às bolinhas com uma fita, bem à moda da eternidade, lilás. então por que caralhos é que algumas pessoas, quando por nós passam, perguntam se podem fazer festas ao cão? ora apanham logo com um não, que é menina e que só gosta de carícias.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
domingo, 4 de janeiro de 2015
parece-me excelente o serviço público que o Rui Dinis apresenta há mais de uma década. tenho, no entanto, uma coisa a dizer: não fazendo ideia da quantidade de música feita em Portugal e por Portugueses, desconhecia igualmente que na sua grande maioria é ausente de portugalidade. é como se a música feita em Portugal fosse, e é, com as devidas excepções, uma espécie de estrangeirismo.
mas retiro-lhe, obviamente, a esta constatação, a densidade. porque o que importa é a música, essa energia cheiinha de leveza sem fronteiras.
sábado, 3 de janeiro de 2015
ah! eu digo isto, uma questão de estado de espírito do ADN, desde que me lembro de começar a pensar! é desta que jogo no euromilhões e me salvo! vou já celebrar o acaso da vida e da morte:
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
que cultura individual é esta de uma mulher que se permite engravidar e abandonar a sua cria, ainda com o cordão umbilical pendurado, na rua? que cultura colectiva é esta que permite que o sexo, prazer é com certeza outra coisa que não tem que ver com impulsos biológicos, se sobreponha a tudo o resto? na maioria das vezes o aborto aparece como a alternativa perfeita. em outras, o abandono de uma parte de si mesmas transforma estas mulheres - em ambos os casos por uma irracionalidade fodida - em monstros e as crias, ou projectos de crias, em vítimas vitalícias ou vítimas por viver. esta é uma tristeza atemporal mais moderna do que nunca. o tempo passa e o Homem não avança: regride naquilo que é essencial. que vergonha.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
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