quer dizer, lemos e lembramos - é também para isso que servem as leituras. levam-nos para longe ou para perto e também para tempos do incerto, o tempo sem tempo carregado de imagens ora nítidas ora que tremem sem descuido. e se a lembrança tem cheiros e cores, a grande maravilha do cérebro, também nos dá o prazer da amargura: prazer porque tê-la é um privilégio e amargura por conta do outro lado do doce sem a qual, a amargura, se torna impossível conhecê-lo. conhecer o doce.
e lembramos. lembramos daquele detalhe que nem sabíamos não ter esquecido. às vezes é um esgar e outras vezes trata-se de um andar. marcou, isso é mais do que certo, quanto mais não seja o chão se se tratou de uma grande patada. e tudo porque acabei de ler um texto sobre crápulas. gostava de lhes chamar cretinos mas, bem visto, os crápulas vão muito mais além e um cretino à beira de um crápula é um menino que canta no coro da igreja da paróquia.
cretinóide, pá, ficas a saber que até te acho piada - leveza em bicos de pé - quando passas bem ao lado de um crápula. .
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.