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segunda-feira, 6 de junho de 2011

naturitários

natureza, solidão: ser só não é ser solitário: sós estão os infelizes, perdidos num mar de gente; os solitários são feitos de alegria - são natureza paciente.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

braços de abraço

são braços, frenesim de vento, que abraçam sem pudor e sem tento: abraços que te esperam sempre - abraços sem esperar um momento.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

pedras ao alto

e em pintura original, aguarela de civilização, os brancos contornam as pedras, pinceladas de convicção: frias e duras são elas - borratado está o coração.

sábado, 28 de maio de 2011

sombras de sol

sombras para que vos quero, danado do sol a dizer, senão para chamar-vos a mim, a eles, não fosse eu quente e ardente - com olhares, tem vezes, de tristeza contente.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

confevoar

flutuo, trespasso pela maré em bicos d' asas, sem esforço: a água é um espelho d' alma fresca, eu confesso.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

alcovéu

entre o que se sente e o que se faz não há, para muitos, céu: o céu é a alcova da paz.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

caravela

caravela em terra, sonhos ao alto, que navega as águas dos céus - arranha-os com janelas e com varandas: entra nos olhos teus.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

encharcar, digo eu

em nome do meu, da dela, e é já que se faz tarde, espinhos doces e lágrimas ardentes, saias risonhas de olhos contentes - no meio há botão, ponto s que também é c, molhado está o sexo: de encharcado o coração.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

estômago curioso

coisa bonita de se ver - o ratão cheirando o que ninguém quer, ocioso, por ocasião. e não, não é ladrão: é estômago curioso.

terça-feira, 17 de maio de 2011

corpo de céu

zástráz, que os céus berram assim, goelas de bocarras sem fim: engolir as selvas de pedra, putas sem eira nem beira, polidas de homens armados, cimentos, artistas dos tormentos - zástráz -, o céu também tem intestino, entranhas em momentos. e rim.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

serorpo, seralma

deixa-a ser, só ser - contorno de luz que te seduz o fundo do corpo e da alma: deixa-a sorrir, deixa-a brilhar, bem como quando, feminino, o rio corre para o mar.

domingo, 15 de maio de 2011

abraço sem embaço

laços, que abraços, que amassos, são traços de líbido, não há embaço, a gritar: traços de laços, amassos, abraçados, sem cansaço, de abraçar.

sábado, 14 de maio de 2011

assento de amor-gaivota

não pode não ser cinzento o amor que mora em assento - abaixo do outro olhar: o amor-gaivota que fica em baixo, por baixo, sem asas, vê-se por cima, de fora para dentro, a parar.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

solmunda

e nem preciso de bússula para saber onde fica: segue o cheiro do mar, onde restam os fundos, onde se vê o por dentro das minhas e das tuas - o sol é sempre, tal e qual, a blimunda sete-luas.

terça-feira, 10 de maio de 2011

cor-de-rosa-que-corre

porque o amor trepa - por detrás, que é também a frente, do que é ser árvore:
ser árvore é ser raíz e ser tronco,
é ser rosa no cimento do conto;
é ser a casa onde se vive e se morre - é por tudo o que em nós corre.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

saia do dentro

tímidos são os olhares de baixo para cima, olhares que entram na saia-menina, rubros de tanto corar: e fica o coração à janela: o que está por dentro da saia que é dela.

espasmos de sol

e os montes. ai os montes que são mulheres deitadas ao sol - embriagadas de uvas dos campos, que verdes são espasmos de amantes.

sábado, 7 de maio de 2011

mar que as pariu

percorrem uma ponta à outra, são pontes - as que interditam os muros. porque os muros são cegos e querem cegar: as pontes que vivem para ver e olhar, sem muros, o mar.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

tesão, O

a luz que passa na escuridão é como um desejo em lentidão: a forma fálica de O tesão.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

apamar

vidaquecorresparaamortecomooriocorrepr'ómar: naprimeirasempreseresisteeasegundaédequemaapanhar.