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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

amarelo-vivedor

 

encontrar vida na merda de vida
que coisa dorida que é ser vivedor.
 preferes tu ser liquificador de vida?,
preferes sim, sim senhor,
que os sólidos são meus e são dele
são de amarelo-vivedor.




quinta-feira, 20 de outubro de 2011

lastre






prenúncio de sorte, mudança a vapor
no vazio se veste
escala sem pressa, cor ante cor,
sabe de cor, a alegria,
que para se encher esvazia
lastre






terça-feira, 11 de outubro de 2011

doravante



tela cinzenta de olhar, não é, oásis sem dissipação - são assim os encantos invisíveis, perto dos olhos, barcos em águas constantes, rios discretos de agitação, desenhos serenos. doravante.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

céu de liberdade




é como o céu, de azul pintada, e rochosa, a liberdade: metade de abertas, risonhas, ao sol e a outra metade em quadrados, escravos, da saudade.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

sonhos cabeçudos

parecem estátuas de chocolate mas não são: são as cores equilibristas da fruta que, sem engonho, penduram as cabeças no sonho.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

dar murro, ser beleza

chamam-lhe imperfeição, olhos no coração, mas eu dou um murro na mesa: de pernas para o ar, imperfeitamente perfeita, chamem-lhe como eu - chamem-lhe beleza.

domingo, 11 de setembro de 2011

saudades à soleira

parece apenas um, mas são muitos - homens por dentro do tempo: homens que choraram e que riram, saudades à soleira subiram, nas janelas com cortinas de vento.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

rodas do mundo

são vidas, umas sobre rodas erguidas e outras de rodas para o ar, na vida de um mundo que vive, não pára, do pedalar.

domingo, 28 de agosto de 2011

deus pelado

brilhos, purpurinas dos olhos, apenas ao alcance dos meus - são sorrisos limpos das águas, dos céus, onde mora, pelado, deus.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

amor de olhos com horizonte

são desertos cobertos de vida, água que sem ser bebida, descansos também do luar -são desertos de mar de gente, miragens de areia contente, entre os olhos e o horizonte: copular.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

civilização a ver navios

é uma língua que o lambe, olhar e não ver civilização, como se de uma boca do mar : atum a dar à costa, areias virgens, a ver navios, luz construída, ficar.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

torno do tempo

parece homem, o bicho; parece madeira, o cimento: parecem vesgos, os meus olhos - que vêm diminuição no aumento; parecem e são: bichos e madeira - moldados no torno do tempo.

domingo, 7 de agosto de 2011

véspera do outro dia

apanham boleia, na embarcação da véspera do outro dia, são três, para espreitar a lua em pelota - e ver o sol corar sem timidez: a lua fica por cima, impudorada, do horizonte que o sol fez.