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terça-feira, 11 de dezembro de 2012
pequeno sol
banco de tela achado
pequeno canto
águas em olhos de anzol
rasto d'encanto ao desencanto
cuecas de nevoeiro, ainda, no meu pequeno sol
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
era uma vez
piscam-se os olhos, piscam, como se a morder dos lábios os cantos
jaz o triste, o mudo, o cego
perante beleza tamanha, sem manha, flor
como se ordenada em quarto de vestir
espelhos, folhos e laços
sem pudor e embaraços
se entregasse nos dele braços
era uma vez, nos braços de pano brancos, fluidos d'amor, uma flor
domingo, 29 de abril de 2012
é couto e quero souto
nebrina mas pouco
mais do que da noite couto
porém tanto a navegar
é janela ante janela, vidas feitas por trás dela
outras tantas de fogos amenos
por apagar
faz-lhe falta o souto
por entre vielas cuspidas
filhas da noite que esquecem o dia
a verdade do que é ser janelas
do que é ter janelas garridas
quarta-feira, 18 de abril de 2012
pascer
emoldurado olhar
tom sobre tom
pascer
mónade
(pára quieto, !truão!, !chocarreiro!, não se brinca c'a saudade)
sexta-feira, 13 de abril de 2012
serpente, rouxinol, cotovias, caracol
lampeira explora o lugar
docemente
assim como faz com astúcia a serpente
importa luz exalar
por lá e por aqui
qu'a vida é isto de se ver
:
corar a alma ao sol
sabão e água dos dias
a canto de rouxinol, anjos de cotovias, em cornos de caracol
segunda-feira, 9 de abril de 2012
rabiças
rabiças de uvas desfeitas são como bois de arado no dorso: em água ou em terra traduzem o momento, quadro de cor em tela , jornada de sustento.
sábado, 24 de março de 2012
bombaré
e no momento da fusão
uma e outra sussuram o corar
é asas com asas, é,
é riso com riso, é,
é orelha com orelha
e colocam o biombo, fecham-se ao mundo em couces
assim é a parelha onde não cabe sensaboria
é fabordão
dabom
gabão
e depois pabulam-se, sim senhor, ai! como é pabular
quando um beijo não é beijo
é bombaré
que atravessa o tempo e o lugar
sobrevoa o céu, cânhamo de ar
e aterra, sempre a planar, no pé
uma e outra sussuram o corar
é asas com asas, é,
é riso com riso, é,
é orelha com orelha
e colocam o biombo, fecham-se ao mundo em couces
assim é a parelha onde não cabe sensaboria
é fabordão
dabom
gabão
e depois pabulam-se, sim senhor, ai! como é pabular
quando um beijo não é beijo
é bombaré
que atravessa o tempo e o lugar
sobrevoa o céu, cânhamo de ar
e aterra, sempre a planar, no pé
quarta-feira, 7 de março de 2012
oitenta
os olhos são para pôr na mesa: de quatro se faz oito como se o mundo em placenta - não há alegria maior, venham ver, do que deixar o oito e abraçar o oitenta.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
rei e rainha
de tempos a tempos recortado, mais e mais, segue o rio para o mar - mas é na foz, entre carícias e deleite, que os fluidos molhados de fundem: até poderia ser gay, o douro, beleza de ser igualmente garantida, mas é dela, da foz, rei: e faz dela a sua rainha.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
cordas
dos telhados vê-se a luz: as pontes são cordas, esticadas, que unem dois pontos de abrigo, que aos olhos dos homens seduz.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
cem glórias
como se na seda encorrilhada passasse um ferro sem vapor, escondido o vigor, paciente no seu jeito de ser, ouvem-se do silêncio histórias, dias contados a minutos de glórias - cem glórias, a morrer de riso, de rir a viver.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
navios de poesias
mora na zona do meio
o mistério
espelho de fímbrias paradas
reflecte a verde
(que não é receio)
os troncos das folhas
(raízes contentes)
que são árvores
(não são sementes)
navios de poesias amadas.
o mistério
espelho de fímbrias paradas
reflecte a verde
(que não é receio)
os troncos das folhas
(raízes contentes)
que são árvores
(não são sementes)
navios de poesias amadas.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
cão do monte
em sussurro telepático, de frente, leio-lhe o miolo da fronte: gosto de ser embelezado, parede rosa caiada de fundo, cenário de horizonte, como um verdadeiro cão que (não) se (des)preza - o cão é sempre do monte.
domingo, 15 de janeiro de 2012
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
dona delicadeza
chamam-lhe insecto, bicho de calcar,
coisa de afastar na mesa.
e eu, em bruega mesmo antes do sol,
vejo-lhe os pêlos e as cores,
faço-lhe histórias em flor-de-amores
chamo-lhe dona delicadeza.
domingo, 18 de dezembro de 2011
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
farpa, não: harpa
vêem música os meus olhos
dançam ao vê-la passar (ajeito, com licença, ao vê-la dançar)
em pontas pousa no ar e em bicos de sonho se enfeita
shiu!
na música não entra farpa: na música injecta-se a harpa
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
romper-romper
parece que vai nascer, traços pintados em romper.
parece que vai acabar, breve claridade de começar.
barcos na ria, rio, são como lírios no campo
ora doces carroças em calçada
e sopa quente de madrugada,
é isto o começar - que virado do avesso, estugado, estonado, sempre a condizer
será o outro
amanhado
estofado
estafado
aquele que do romper faz romper.
parece que vai acabar, breve claridade de começar.
barcos na ria, rio, são como lírios no campo
ora doces carroças em calçada
e sopa quente de madrugada,
é isto o começar - que virado do avesso, estugado, estonado, sempre a condizer
será o outro
amanhado
estofado
estafado
aquele que do romper faz romper.
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