segunda-feira, 30 de março de 2015
domingo, 29 de março de 2015
sexta-feira, 27 de março de 2015
quarta-feira, 25 de março de 2015
para sempre fica. HH
(...)Durante a primavera inteira aprendo
os trevos, a água sobrenatural, o leve e abstracto
correr do espaço —
e penso que vou dizer algo cheio de razão,
mas quando a sombra cai da curva sôfrega
dos meus lábios, sinto que me faltam
um girassol, uma pedra, uma ave — qualquer
coisa extraordinária.
Porque não sei como dizer-te sem milagres
que dentro de mim é o sol, o fruto,
a criança, a água, o deus, o leite, a mãe,
o amor,
os trevos, a água sobrenatural, o leve e abstracto
correr do espaço —
e penso que vou dizer algo cheio de razão,
mas quando a sombra cai da curva sôfrega
dos meus lábios, sinto que me faltam
um girassol, uma pedra, uma ave — qualquer
coisa extraordinária.
Porque não sei como dizer-te sem milagres
que dentro de mim é o sol, o fruto,
a criança, a água, o deus, o leite, a mãe,
o amor,
que te procuram.
segunda-feira, 23 de março de 2015
sábado, 21 de março de 2015
sexta-feira, 20 de março de 2015
terça-feira, 17 de março de 2015
sexta-feira, 13 de março de 2015
segunda-feira, 9 de março de 2015
Balanço do branco na fotografia
Falar do balanço do branco na fotografia é pensar em um
mundo tão vasto quanto a existência e nos paradigmas que, mudando, chegaram à
nossa era – a era da fotografia digital que, indubitável e irreversivelmente
ampliou o domínio da fotografia.
Nas fotografias andamos à procura da emoção e da
animosidade. Curiosamente, há uma trilogia imprescindível nas fotografias desde
sempre. Há o assunto, há o interessado no assunto e depois os olhos sobre a
mistura do assunto com o interesse: uma significância repleta de branco. E de
preto. Bem doseados.
A fotografia nasceu a preto e branco, não esqueçamos, e terá
sido, neste contexto de mudança que se aperfeiçoaram técnicas e tecnologias que
minimizaram custos, reduziram etapas, aceleraram processos e facilitaram tanto
a manipulação como o armazenamento e a reconstrução das imagens. Tudo envolto
em um silêncio que fala, que conta, que comunica e que estabelece a ponte da
memória com a emoção.
Preto sobre branco – assim tudo começou antes das
tonalidades actuais que nos oferecem as imagens coloridas da realidade. Mas
terá a fotografia colorida o mesmo alcance dinâmico do que as pioneiras a preto
e branco?
Balanço do branco na fotografia, uma questão de caça aos
detalhes
Uma câmara fotográfica, todos o sabemos de uma forma mais ou
menos leiga, capta uma faixa de luminância que mais não é do que o tal alcance
dinâmico. O ideal será, pois, agarrar os detalhes e as subtilezas do ambiente
que se pretende captar doseando o preto e o branco. Acabamos, mesmo agora, caso
não tenha dado por isso, de dar a definição de uma boa câmara fotográfica e
também do que será tirar uma boa fotografia…
Tudo se resume, bem visto, à utilização da luz e da sombra –
uma espécie de filigrana – que se reflecte, pelo olhar, nos olhos. E independentemente
da tecnologia utilizada quer nas mais recentes fotografias coloridas, quer nas
tradicionais e apaixonantes a preto e branco será o alcance dinâmico que
permite criar – e recriar – os mais artísticos efeitos estéticos que passam,
agora já não temos dúvidas, pelo balanço também do branco na fotografia. Porque
o branco faz toda a diferença.
Uma dose certa de branco na memória: não, não há paradoxo
São as fotografias que tantas vezes nos aquecem a memória – trazem-nos
tanto os presentes como os ausentes. Com as fotografias perpetuamos instantes
sempre com a dose certa de branco, e de preto, para que não escapem nem os
detalhes nem a proximidade que queremos manter e conservar.
Há uma espécie de prolongamento da vida na imagem que
queremos ver a ficar. Sublimada. E a imagem que fica, a memória, liga o
presente ao passado e ao futuro. Nada fica em branco quando o balanço do branco
na fotografia é o ideal: não há paradoxo, portanto, naquele salto que é o
momento em que a realidade é captada e o presente de contemplação da imagem,
aquela maravilha – espécie de milagre - de unir o antes com o agora e o depois
com a dose certa de prazer. E de branco.
sábado, 7 de março de 2015
sexta-feira, 6 de março de 2015
quinta-feira, 5 de março de 2015
terça-feira, 3 de março de 2015
segunda-feira, 2 de março de 2015
domingo, 1 de março de 2015
sábado, 28 de fevereiro de 2015
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
domingo, 15 de fevereiro de 2015
sábado, 14 de fevereiro de 2015
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
então, byte byte coração
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
sábado, 7 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
parei a riso, montes de riso, quando a escrever sobre luas-de-mel dei por mim a ter um monólogo completamente reaccionário. a conversa já ia na invenção do mercado, completamente o contrário de onde terá surgido o cliché, sim porque a lua-de-mel é um cliché, debaixo das luas no mês e a beber mel era como ficavam os casais recém casados e escondidinhos do mundo na Roma Antiga. e eu acredito muito em luas-de-mel, ai se acredito!, mas a tempo inteiro sem que a inteirice não exclua o fel e com ele saiba bem estar.
e depois do riso, ora assim a agência de viagem em vez de vender viagens passaria a vender a ideia de antítese, pensei seriamente no quanto um bom copywriter tem também de ser um bom actor de ideias. e lá fiz um texto coberto de luas e de mel, à moda antiga romana, porém com uma nuance completamente actual: um destino que, fora da Europa, talvez seja um bom local para fazer crescer a família. uma pitada de emigração misturada com lua de mel será uma inovação regada a doce. falar de falsos casais e de falsos tesões e de falsas sociedades é que não podia ser...porque o que faz vender viagens é, não a realidade lunar, a ilusão.
e depois do riso, ora assim a agência de viagem em vez de vender viagens passaria a vender a ideia de antítese, pensei seriamente no quanto um bom copywriter tem também de ser um bom actor de ideias. e lá fiz um texto coberto de luas e de mel, à moda antiga romana, porém com uma nuance completamente actual: um destino que, fora da Europa, talvez seja um bom local para fazer crescer a família. uma pitada de emigração misturada com lua de mel será uma inovação regada a doce. falar de falsos casais e de falsos tesões e de falsas sociedades é que não podia ser...porque o que faz vender viagens é, não a realidade lunar, a ilusão.
sábado, 31 de janeiro de 2015
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
bem visto
ainda bem que não restaram sabonetes: estes são altamente potenciadores de micoses e a Grécia precisa de limpeza no bidé da democracia.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
domingo, 25 de janeiro de 2015
sábado, 24 de janeiro de 2015
isto é literalmente a lógica da batata - e da contraproducência. é uma dica de sobrevivência que dá vontade de rir: o rapaz leva uma batata e um ovo para o monte mas esquece-se do tacho e, ainda assim, acha que mata a fome com o truque depois de demorar, entre os preparos e a confecção da delícia minguada, mais de meia hora.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
domingo, 18 de janeiro de 2015
sábado, 17 de janeiro de 2015
shoular
hoje lembrei-me da Shou, uma colega de escola dos anos noventa. sempre pensei que a Shou um dia seria realizadora de cinema, não pelas narrativas em si que escrevia mas porque eram altamente visuais. porém, entediavam-me: o seu erotismo, pornográfico de tão visual, ia sempre dar a uma trancada encostada à parede de um beco sem saída. a Shou chinesa era filha de chineses que tinham, na altura, um restaurante em Passos Manuel bem próximo da escola onde estudávamos. e enquanto outras se derretiam nas fantasias que a Shou lia em alta voz eu preferia sempre escapar-me para a cozinha do restaurante - ia atrás dos bastidores daquele cheiro que me perturbava tanto mal entrávamos durante as pausas mais longas das aulas. a Shou tinha uma irmã pequena muito interessante: não só tinha os olhos em bico como os usava em bicos de curiosidade perante as bonecas que fazia questão de banhar na pia da louça que ia chegando das mesas. um verdadeiro nojo em que a gordura dos pratos se misturava com as cabeleiras das barbies e com as mãos da Shouzinha. e é Shouzinha porque não me lembro do nome dela - nem do nome dela, nem de matrículas de automóveis nem de números de telefone e nem dos autores dos livros que já li.
e hoje lembrei-me da Shou, do que será feito da Shou, porque de manhã cedo, não sei como nem porquê, entrou-me pelo nariz o cheiro perturbador do restaurante dela. de qualquer forma foi bom lembrar.
e hoje lembrei-me da Shou, do que será feito da Shou, porque de manhã cedo, não sei como nem porquê, entrou-me pelo nariz o cheiro perturbador do restaurante dela. de qualquer forma foi bom lembrar.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
tendências sexuais para 2015? mas o que é isto? então o tesão pelo outro, ou por si mesmo, tesão à séria que pouco ou nada tem que ver com artifícios ou meros estados de espírito ou de biologia, não tem de ser absolutamente natural e espontâneo? há coisa mais ecológica do que isso?
é por isso que o mundo é um caos: a energia sexual, poderosíssima e importantíssima, marada anda por aí à solta e em cruzamento...
é por isso que o mundo é um caos: a energia sexual, poderosíssima e importantíssima, marada anda por aí à solta e em cruzamento...
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
que palavra tão especial descobri!. é a fonética que a faz especial. repara bem: o cri, em alta voz, exige um movimento de língua invulgar - uma especificidade álacre.
comecei a ouvir a melodia só por causa destas palavras: e se amor não é amar?. depois, quando chegou a vez da voz, fiquei com ganas de aliviar a tripa. também acontece.
cada vez há mais coisas que não entendo, que não sei. ao mesmo tempo, cada vez sou menos aflita - não por querer saber - por não saber porque não entendo e porque não sei. será coisa da meia idade. bem visto, e se viver até aos oitenta, apesar de ter sempre a sensação de que o mundo precisa tanto de mim que vou viver sem rugas até aos cento e vinte anos, já estou na meia idade. não sei bem se agora o tempo passa mais a correr ou se aumentou a minha vontade de vê-lo passar - até porque só quero mesmo, sempre quis, o tempo de ficar.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
sábado, 10 de janeiro de 2015
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
quem me dá este castelo
p'ra eu por fora me isolar?-já que por dentro
, no jardim,
não faltam flores. cheirar
p'ra eu por fora me isolar?-já que por dentro
, no jardim,
não faltam flores. cheirar
quando fazemos muitas perguntas quase ninguém gosta. principalmente no mundo do trabalho.querer saber parece querer significar remar contra a maré. mas a questão reside mesmo aí: o mar é uma imensidão de correntes e de inconstâncias e de ondas ora revoltas em orquestra ora mansas de pifarinho. gostar mesmo, as gentes, gostam de águas paradas: ainda não descobriram, nem descobrem - a personalidade quieta não lhes permite -, que no fundo do rio tudo se faz lodo.
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
cão, festas e poios
mais feminina ela não pode ser. o olhar é tremendamente meigo, os cabelos são longos e morenos, abana constantemente o rabo farto e quando vê um poio ao longe dá-me imediata indicação para atravessarmos para o outro lado da rua. ademais, usa um corpete às bolinhas com uma fita, bem à moda da eternidade, lilás. então por que caralhos é que algumas pessoas, quando por nós passam, perguntam se podem fazer festas ao cão? ora apanham logo com um não, que é menina e que só gosta de carícias.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
domingo, 4 de janeiro de 2015
parece-me excelente o serviço público que o Rui Dinis apresenta há mais de uma década. tenho, no entanto, uma coisa a dizer: não fazendo ideia da quantidade de música feita em Portugal e por Portugueses, desconhecia igualmente que na sua grande maioria é ausente de portugalidade. é como se a música feita em Portugal fosse, e é, com as devidas excepções, uma espécie de estrangeirismo.
mas retiro-lhe, obviamente, a esta constatação, a densidade. porque o que importa é a música, essa energia cheiinha de leveza sem fronteiras.
sábado, 3 de janeiro de 2015
ah! eu digo isto, uma questão de estado de espírito do ADN, desde que me lembro de começar a pensar! é desta que jogo no euromilhões e me salvo! vou já celebrar o acaso da vida e da morte:
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
que cultura individual é esta de uma mulher que se permite engravidar e abandonar a sua cria, ainda com o cordão umbilical pendurado, na rua? que cultura colectiva é esta que permite que o sexo, prazer é com certeza outra coisa que não tem que ver com impulsos biológicos, se sobreponha a tudo o resto? na maioria das vezes o aborto aparece como a alternativa perfeita. em outras, o abandono de uma parte de si mesmas transforma estas mulheres - em ambos os casos por uma irracionalidade fodida - em monstros e as crias, ou projectos de crias, em vítimas vitalícias ou vítimas por viver. esta é uma tristeza atemporal mais moderna do que nunca. o tempo passa e o Homem não avança: regride naquilo que é essencial. que vergonha.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
domingo, 28 de dezembro de 2014
e o melhor calmante é
escolher uma recta com fim a perder de vista. colocar a música nas alturas. carregar no acelerador. fechar os olhos por temporadas de segundos. abrir e voltar a fechar até a recta acabar.
sábado, 27 de dezembro de 2014
que escândalo! no dia em que deixar de me escandalizar, e revoltar, perante situações de pura miséria humana - a da exploração profissional - é porque já não estarei em mim.
que me cortem os pés, as pernas
o horizonte, o olhar
esganem-me os quereres
sufoquem-me as ganas
dilacerem-me os tons de sim pintados
nãos bordados
mas não, não me matam a voz
nem me fazem calar a timbre justo.
nem isso nem atirar, aos tiranos, cuspo
que me cortem os pés, as pernas
o horizonte, o olhar
esganem-me os quereres
sufoquem-me as ganas
dilacerem-me os tons de sim pintados
nãos bordados
mas não, não me matam a voz
nem me fazem calar a timbre justo.
nem isso nem atirar, aos tiranos, cuspo
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
quinta-feira, 25 de dezembro de 2014
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
queridos leitores
ontem andei mais de uma hora com a ponta do nariz borrada de chocolate quente que entretanto secou. pensariam, os transeuntes, com certeza, tratar-se de merda. isto porque ninguém teve a coragem de me avisar. isto trouxe-me riso, muito, mas também reflexão.
o que vos quero deixar aqui e agora, como sempre, é um pedacinho - mas apenas um pedacinho porque preciso dela toda para continuar - da minha esperança para um mundo melhor com melhores pessoas. e não será por acaso que o pai natal, que não deve ter as tensões a dezoito porque não se cansa, é gordo: a esperança ocupa espaço.
o que vos quero deixar aqui e agora, como sempre, é um pedacinho - mas apenas um pedacinho porque preciso dela toda para continuar - da minha esperança para um mundo melhor com melhores pessoas. e não será por acaso que o pai natal, que não deve ter as tensões a dezoito porque não se cansa, é gordo: a esperança ocupa espaço.
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
oh linda!
marchinhas PT/BR
hippiear
senhor feijão
fruição
poder humano
belle époque
livro de ouro
catolicismo e prazer
sapatinhos de duende
senõr zorro
anos loucos
ideias
veneza
gays de fazer parar o trânsito
patos e nazis
na bahia da alegria
bebé auau
sambódromar
trogloditas
mão de niemeyer
o beijo que é samba
cartolas e coisas
folclore: lobo mau
nevão
representar
poesia no samba
jogar à barbie
feitiçar
fazer fumaça
ser musa é ser mais alto
música, expressão
farturinha
turismo cultural
primeira obra científica da história
marchinhas PT/BR
hippiear
senhor feijão
fruição
poder humano
belle époque
livro de ouro
catolicismo e prazer
sapatinhos de duende
senõr zorro
anos loucos
ideias
veneza
gays de fazer parar o trânsito
patos e nazis
na bahia da alegria
bebé auau
sambódromar
trogloditas
mão de niemeyer
o beijo que é samba
cartolas e coisas
folclore: lobo mau
nevão
representar
poesia no samba
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feitiçar
fazer fumaça
ser musa é ser mais alto
música, expressão
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turismo cultural
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