é nas águas que as pernas se abrem
,que a alma visível se enrosca,
,que as forças meiguinhas se tocam,
nuas nos poros molhados
,sem engano,
do corpo invisível cansado.
chamo-lhe imensidão
, refresco afinado à tensão,
sal dos dias contados
sem engano.
toque leve e bravio dos montes
, como se mãos que pegam em fontes,
som ouvido.
som cantado.
e com sol e com sal elas fecham-se assim
, esperma de mar que fundo afunda em mim,
as pernas da alma visível
que molhadas respiram - enfim.
Escreves cada vez melhor e o mundo precisa de poesia assim. Obrigado por escreveres.
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