quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
ordinarices à lá carte
a classe de homens ordinários é aquela onde cabem os que, por hábito e costume, compram a companhia, as conversas, e até o sexo, de mulheres. ora um ordinário aleatoriamente sentado ao lado de uma mulher sem preço há-de sentir-se como um peixe fora de água ou um bacalhau sem todos ou um domingo sem missa ou uma retrete sem água. por outro lado, a mulher sem preço aleatoriamente sentada ao lado do homem ordinário tem a possibilidade de observar tudo isto e de fazer um pequeno diário, mental, de mesa concluindo que há alturas em que mais vale comer de pé e que comer em pé será proteger os ouvidos e a inteligência. em ambos os casos, porém, o arroto será sempre substituído por um, cheio de vontade, foda-se!.
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Todo o homem tem um preço, a mulher não tem?
ResponderEliminarC.S.
depende do que define preço. define preço.
ResponderEliminarEntão, preço é o valor da tua mercadoria.
ResponderEliminarC.S.
se entendesses preço como merecimento, responderia que sim, que todos temos um preço e muito poucos com lucidez. como o entendes como valor peciniário, como assim eu quis dizer no texto, sim: a grande maioria das mulheres tem um preço.
ResponderEliminar(pecuniário)
ResponderEliminarA lingua portuguesa é muito traiçoeira...
ResponderEliminarEu explico.
Não me conheces, presumo que também não tivesses conhecido o Picasso,mas entre eu e ele,a quem é que tu atribuías o preço mais elevado?
C.S.
ora não te conhecendo de todo mas conhecendo a produção e biografia, ao de leve, de picasso - mesmo não o conhecendo a ele - é uma questão parideira de desigualdade para que possa responder. teria de saber mais sobre ti para definitivamente responder que o valor que atribuo às pessoas e às coisas é afectivo. :-)
ResponderEliminarVês?
ResponderEliminarPrecisas de conhecer a mercadoria para atribuir um valor, mesmo que seja afectivo.
C.S.
sim, claro, mas eu não disse que não - disse que o valor da mercadoria, quando se trata de homens e mulheres, para mim, não se pode comprar apesar da grande maioria ser vendável. é bem diferente. :-)
ResponderEliminarEntão e não será uma contradição haver homens e mulheres vendáveis, mas que não se podem comprar?
ResponderEliminarC.S.
isso que dizes sim. o que eu digo é que a maioria é vendável e efectivamente comprada. eu é que não sou - não me vendo nem compro alguém. :-)
ResponderEliminarEntão se não compras alguém,posso deduzir que qualquer homem para ti não tem preço?
ResponderEliminarC.S.
tu és serpente. :-)
ResponderEliminarpreço como valor por merecimento, estima, sim - preço como valor pecuniário, de dinheiro: não.