é a solidão a fonte e a foz: um mundo gigante por debaixo do mundo dos mundos onde a fixação pela descoberta da existência se mistura entre o palco encenado e o palco da vida- tamanha a triste miséria egoísta da solidão, inocente e frágil bebé, sempre a solidão. e o amor escondido, adiado, sempre adiado, e a urgência de inadiar o inadiável, sempre adiado, é cruz nas costas: ininterruptamente pesado corrompe-se, sem nunca se deixar corromper, com a leveza pesada do sexo. é a solidão, menina velha, a fonte e a foz: um mundo destruído, gigante, por cima, do debaixo, do mundo, pequeno, dos mundos, grandes, onde a existência se perdeu em existir - tamanha é narrativa em desejo por narrar.
a solidão é um lugar estranho, um bicho, corrosivo e contagiante; a solidão vive no mundo das bactérias, grandeza erecta, e, deixando rastos, contagia. e mata. e é assim a vida dos mortos em travessia de vida.