desde há uns meses que aqui em casa as conversas giram à volta do mesmo: o relato do jornal de notícias de fio a pavio. a coisa começa nos crimes, passa pelos males de saúde e termina com os títulos sobre a cena política. de vez em quando dá-me riso, que tenho de rapidamente disfarçar inventando pontes que justifiquem a risota perante as veias cortadas deste e daquele, não pelos relatos fiéis do meu pai, pelos filmes que imagino: aos crimes acrescento-lhes tragédia e às doenças, romance. quando chega à parte da porcaria do governo já estou em deleite puro nos aerosmith. mas na grande maioria das vezes perco o apetite, não pelos conteúdos em si, pela tristeza que é ter de almoçar todos os dias com este ruído do JN de fundo.
hoje tive uma ideia, durante a saga, para um anúncio: está farto de dietas rigorosas que não produzem os efeitos que deseja? está cansado de fármacos inibidores do apetite? venha almoçar à residência do Freitas, maravilhoso pasto confeccionado em beleza, poesia na mesa, e diga à gordura a mais: sai, anda, que m'ajeitas!
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