sábado, 11 de outubro de 2014

ontem descobri que já tinha saído o número 3 da revista experimental, agora mais em dueto, ESC:ALA. e descobri por sorte, desta vez não tive lembrete, os lembretes são pequenas epifanias que passam bem por enganos. como estava quase morta de cansaço cliquei nas partilhas, calorias que não cansam, e decidi exaltá-la hoje. foi uma sorte, como estava a dizer, por tanto que gosto de a ler e ver e ouvir.

e destaco o texto do João Pedro da Costa por dois motivos: o primeiro por ser um exímio criativo que admiro e o segundo pela exaltação da memória. sendo a criatividade a tradução das nossas inteligências e vivências, quem me dera conseguir ver a minha mãe a lavar-se no bidé ou a estender a roupa nua. e adorava vê-la fazer um manguito ao meu pai. mas passaram trinta e dois anos e eu tenho apenas quarenta, não há memória que quisesse ficar.

resta-nos a todos beijar, celebrar a vida. porque o ódio é, não uma extensão do amor ao contrário do que diz a literatura frustrada, a sua ausência. uma ausência isolada que deve nascer, pela lógica, não sei do que nunca senti, da falta de criatividade.

 porque só a criatividade nos consegue salvar da morte.


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