quarta-feira, 30 de julho de 2014
é normal acordarmos com um texto profissional na ponta dos dedos? a estrutura, cada palavra, cada vírgula. às vezes escrever pode ser a única forma de termos voz; às vezes escrever pode ser a única maneira de sermos donos dos princípios e dos valores, não da cadeira do poder, aquilo que vale a pena ser.
às vezes escrever salva-nos de nós próprios - de assimilarmos a revolta que faz odiar quem, estrategicamente, querendo levar-nos ao limite, tentando desfazer-nos as entranhas da dignidade, nos ameaça a pele.
às vezes escrever pode ser uma prova de amor próprio garantindo-nos a paz que nos faz perdoar quem nos quer tirar o pão.
às vezes escrever pode ser viver.
às vezes escrever salva-nos de nós próprios - de assimilarmos a revolta que faz odiar quem, estrategicamente, querendo levar-nos ao limite, tentando desfazer-nos as entranhas da dignidade, nos ameaça a pele.
às vezes escrever pode ser uma prova de amor próprio garantindo-nos a paz que nos faz perdoar quem nos quer tirar o pão.
às vezes escrever pode ser viver.
terça-feira, 29 de julho de 2014
segunda-feira, 28 de julho de 2014
domingo, 27 de julho de 2014
é anotar, é anotar
a maior diferença entre uma mulher inteligente e uma outra burra: enquanto que a inteligente consegue passar, com a maior das facilidades, por burra - a burra, por mais que se esforce, não consegue passar por inteligente.
a propósito, não é o humor e o riso o principal ingrediente para um manguito bem feito?
a propósito, não é o humor e o riso o principal ingrediente para um manguito bem feito?
sexta-feira, 25 de julho de 2014
uma pausa. posso dizer que descobri, a descoberta é sempre epifania, um sítio maravilhoso. seduz-me a completude dos temas e a interacção. seduz-me a partilha. seduz-me a valorização do outro enquanto manifestante de interesse. seduz-me a reciprocidade, não em si mesma enquanto instrumental, genuína.
a sedução é sempre poética: apenas porque tem de ser bela.
a sedução é sempre poética: apenas porque tem de ser bela.
quinta-feira, 24 de julho de 2014
lá no carreiro das prendas, as da minha cadela apanho sempre, descobri amoras e faço como antes - como antes, quando o mundo não era mau: quando somos crianças o mundo não se nos apresenta mau, ou pelo menos não lhe sentimos os males assim. e apanho quatro ou cinco, ainda frescas de geada, mastigo-as bem até sentir os pequenos gomos estalarem nas covas dos dentes. lá no carreiro há beleza como havia antes.
quarta-feira, 23 de julho de 2014
terça-feira, 22 de julho de 2014
segunda-feira, 21 de julho de 2014
falatiooglar
não consigo caber-me no riso: uma pesquisa de notícias sobre estética oral remetem imediatamente para sexo oral. o Google deve andar carente de língua. eu que pensava que o gajo era um fala-barato. afinal será mais um falatio - barato.
sexta-feira, 18 de julho de 2014
quarta-feira, 16 de julho de 2014
terça-feira, 15 de julho de 2014
segunda-feira, 14 de julho de 2014
azarito
até pode ser uma vergonha do caraças - mas eu cá tenho nenhuma. o isqueiro pifou e sempre que vou levar a cadela fumo um cigarro slim de mentol. levo, obviamente, a caixa de fósforos gigante para acender o fogão já que me esqueço de comprar um isqueiro novo. e, ao que parece, não deve ser muito normal - a avaliar pelos esgares de quem por mim passa... ou será porque metade do cigarro fica preto?
apetece-me abba em título de descanso. mal abri a pestana, ainda havia nevoeiro, lembrei-me da minha avó Carolina que me adorava. sempre fui a neta preferida, essas coisas sabem-se porque se sentem. e sentir é o meu reino. certa vez, teria uns dez anos porque sei que estava com a saia amarela que me ofereceu, disse-me assim: eu já estou velha mas ouve bem isto: quando um homem quer uma mulher não tem dúvidas e um dia vais perceber isso. agora estou cheia de saudades do picho que eu lhe fazia e das peles que eu banhava. terá sido nessa altura que comecei a desdenhar das guloseimas: eram sacos que ela me dava e que, esgar enjoado, nem sequer tocava. que saudades.
domingo, 13 de julho de 2014
sábado, 12 de julho de 2014
desde há uns meses que aqui em casa as conversas giram à volta do mesmo: o relato do jornal de notícias de fio a pavio. a coisa começa nos crimes, passa pelos males de saúde e termina com os títulos sobre a cena política. de vez em quando dá-me riso, que tenho de rapidamente disfarçar inventando pontes que justifiquem a risota perante as veias cortadas deste e daquele, não pelos relatos fiéis do meu pai, pelos filmes que imagino: aos crimes acrescento-lhes tragédia e às doenças, romance. quando chega à parte da porcaria do governo já estou em deleite puro nos aerosmith. mas na grande maioria das vezes perco o apetite, não pelos conteúdos em si, pela tristeza que é ter de almoçar todos os dias com este ruído do JN de fundo.
hoje tive uma ideia, durante a saga, para um anúncio: está farto de dietas rigorosas que não produzem os efeitos que deseja? está cansado de fármacos inibidores do apetite? venha almoçar à residência do Freitas, maravilhoso pasto confeccionado em beleza, poesia na mesa, e diga à gordura a mais: sai, anda, que m'ajeitas!
hoje tive uma ideia, durante a saga, para um anúncio: está farto de dietas rigorosas que não produzem os efeitos que deseja? está cansado de fármacos inibidores do apetite? venha almoçar à residência do Freitas, maravilhoso pasto confeccionado em beleza, poesia na mesa, e diga à gordura a mais: sai, anda, que m'ajeitas!
sexta-feira, 11 de julho de 2014
quinta-feira, 10 de julho de 2014
quarta-feira, 9 de julho de 2014
terça-feira, 8 de julho de 2014
quinta-feira, 3 de julho de 2014
quarta-feira, 2 de julho de 2014
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