quarta-feira, 10 de setembro de 2014
ai que pornografia linda!
desde há muito tempo que todos os dias acordo com a paixão e o entusiasmo de der lambida, e lamber, por cima. mas não desisto da ideia de um dia passar a acordar com a paixão e o entusiasmo de ser lambida, e lamber, por cima e por baixo. não se desiste da lindura.
terça-feira, 9 de setembro de 2014
ouvi uma história, acho que sonhei, que houve uma celebração entre um homem e uma mulher em um dia muito importante, quer isto dizer que terá sido em um dia qualquer, com um copo de sumol. como não gosto de bebidas doces, quero que a história se repita com água natural e uma rodela de limão. e um magnun double caramel.
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
dá perfeitamente para ver que o campo, tão vasto, é fértil apesar de estar ao abandono - recurso com tantas potencialidades inutilizadas e por aproveitar. no meio, e sem estar ao centro, há um tufo gigante, ao longe parece um tufo, o longe tem um efeito de lupa nos olhos ao contrário da realidade, de flores coloridas. na verdade elas estão dispersas e serão sortidas mas ao longe são rosas todas juntinhas, um consolo no peito dos olhos.
domingo, 7 de setembro de 2014
a propósito das banhadas geladas virais nas redes sociais e na televisão tenho a dizer duas coisinhas: a primeira é que é suposto que as pessoas ou se molhem ou abram os cordões ao bolso. poderá acontecer fazerem ambas, sim, mas não me parece que seja o que de facto acontece - até porque já fiz o teste e perguntei a alguns molhados qual é a conta do donativo e nem sequer me sabem responder; a segunda é que não fazer um donativo em dinheiro e desperdiçar tantos litros de água é altamente insustentável para o planeta e há zero de caridade nisto.
palhaçada, portanto, e um bom motivo para mais uma hipocrisia
palhaçada, portanto, e um bom motivo para mais uma hipocrisia
sábado, 6 de setembro de 2014
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
ser-se o pilar de uma família é sempre compensador, é como ser o pilar de uma construção ou até de um país, assegurar de que tudo se edifica e estabiliza para o bem comum. é, no entanto, igualmente devastador: os pilares suportam cargas pesadas, fazem pelos outros aquilo que tantas vezes lhes suga a força e a energia vital que se renova vezes sem conta. e é por isso que ser pilar não é para qualquer um. será talvez apenas para os que sentem medo por ser o medo o pai, o amigo e o fogoso amante da coragem.
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
amore e punheta
de facto o meu sonho mais profundo, talvez a roçar a bexiga, seja mesmo registar-me no be2 para encontrar o amor da minha vida. todos os dias quando abro o meu email tenho uma mensagem do AMORE a dizer assim: olinda freitas o meu coração te escolheu, e agora?
fico a saber, vezes sem conta, que dez contactos são garantidos. uma fartura. e também que posso escolher quem me poderá ver. mas o que eu gostava mesmo de saber é de onde chegam estas coisas tão altruístas e onde vão buscar o meu contacto.
AMORE, bacano da marmelada digital, be5 estrelas e põe-te na alheta. mas também podes simplesmente bater uma punheta, está bem?
fico a saber, vezes sem conta, que dez contactos são garantidos. uma fartura. e também que posso escolher quem me poderá ver. mas o que eu gostava mesmo de saber é de onde chegam estas coisas tão altruístas e onde vão buscar o meu contacto.
AMORE, bacano da marmelada digital, be5 estrelas e põe-te na alheta. mas também podes simplesmente bater uma punheta, está bem?
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
é normal estar a ler um livro em que só apetece avançar páginas até aos quadrados cinzentos de curiosidades como "afinal os loiros já não estão em vias de extinção" ou "avistam-se novos animais de estimação transgénicos"?
isto é a prova de que tantas vezes o resumo do livro, na capa ou na contra capa, é uma banhada. não escolher os livros pelos autores, dispensar vícios desses, e focalizar a escolha pelo conteúdo. mas está visto que há resumos atraentes que não fazem jus aos conteúdos, um desconsolo. o que vale é que nada se perde: sugam-se as curiosidades baseadas em estudos que até dão para posteriormente apimentar com criatividade e o lombo do livro pode sempre servir para equilibrar a estante.
isto é a prova de que tantas vezes o resumo do livro, na capa ou na contra capa, é uma banhada. não escolher os livros pelos autores, dispensar vícios desses, e focalizar a escolha pelo conteúdo. mas está visto que há resumos atraentes que não fazem jus aos conteúdos, um desconsolo. o que vale é que nada se perde: sugam-se as curiosidades baseadas em estudos que até dão para posteriormente apimentar com criatividade e o lombo do livro pode sempre servir para equilibrar a estante.
terça-feira, 2 de setembro de 2014
te echo de menos e besos
te echo de menos é uma expressão maravilhosa para saudades. adoro-a tanto que m'apetece dar-lhes besos. sim, é verdade: besos à expressão e besos à origem, ô!
conquistou a minha simpatia desde o primeiro email. é incrível como as palavras, tão reveladoras de tanta coisa, não conseguem revelar a idade da alma. farto-me de rir com ele.
e isto merece um troilaré.
e isto merece um troilaré.
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
sentido prático da vida
pedem-me que coloque uma babete em um bebé. faço-o e sou interrompida com uma pergunta: por que raios estás a pôr aí os dedos? ah, é um procedimento de segurança: primeiro a olho e depois dois dedos entre a coleira e o pescoço da cadela. ou não são os cães eternos bebés?
sabonetes do governo português, uma medida limpa de vez
lipoaspirações para aqui, lipoaspirações para ali. o mundo está infestado pela ideia da lipoaspiração - mas não daquilo que é essencial. por exemplo, se o corpo deste governo fosse lipoaspirado e reaproveitada a gordura para fazer sabonetes todos nós teríamos a oportunidade de lavar o cu com a gordura deles e aí sim: cortar as gorduras do estado da nação faria todo o sentido. fica a ideia sustentável.
sábado, 30 de agosto de 2014
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
sai uma monocelha bem broa
e risota também. quase a propósito há um truque excelente para descascar, sem descascar, cabeças de alhos de uma só vez e na perfeição: colocar todo o conjunto em um frasco de vidro, fechá-lo e abaná-lo com força durante cerca de 45 segundos. (pode ser feito sem cuecas. ou sem meias.) depois é abrir o frasco e ver o milagre das cabeças todas peladas e sem resquícios de casca.
nuvem é, criatividade a pôs
fazer diferente, e em DIY, pode ser com ovos. estrelados sem serem estrelados e carregados com a poesia das nuvens: separar as gemas das claras. bater as claras em castelo e colocá-las em montinhos, tantos quantas gemas houver, espalhados em uma travessa de ir ao forno. depois pegar em cada gema e colocar por cima de cada nuvem. levar ao forno com a brevidade suficiente apenas para que a gema não fique crua. depois temperar a gosto. além de deliciosos são lindos de se ver.
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
azul riscado de branco-aurora
são, não tenho dúvidas, cabeças putas de tão porcas as que associam o pijama da Zara à perseguição dos judeus. eu associei imediatamente ao principezinho. ao fim da tarde, depois de banho tomado e estômago forrado, o principezinho aguarda que as estrelas, porque as estrelas aperaltam-se para sair, saiam. e como guardião da sua beleza faz questão de carregar uma, deitada no azul riscado de branco-aurora que é sempre o amanhã, ao peito.
às vezes é fácil viver. sentimos e fazemos e já está - mas só quando o que queremos e desejamos fazer não interfere negativamente com a vida de outras pessoas. a vida das pessoas merece reflexão porque cada vida é uma teia e tantas vezes o bem que queremos fazer a alguém, que se reflecte em nós, poderá ser o mal de outro alguém intimamente ligado ao primeiro alguém que por sua vez, e estando do lado de lá e não do de cá, merece o mesmo respeito. o melhor é mesmo, portanto, simplesmente não o fazermos sem que isso se transforme em uma frustração. talvez seja uma tristeza, sim, mas frustração não.
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
terça-feira, 26 de agosto de 2014
passeio com ela na rua e observo. abriram em simultâneo as portas: a menina a porta de casa da avó e os pais, do lado de fora, do carro. notei claramente, pelo volume e pelo tamanho da mala, que teriam estado fora apenas por uns dias. mas o que deu mesmo para perceber foi o desenho dos afectos. a menina correu para abraçar o pai, um abraço que durou um bom meio minuto - estava rubra e sussurrou saudades; o pai recebeu, com rigidez, o abraço sem abraçar com os braços - que permaneceram imóveis - e sem os olhos voltados contra o abraço da menina; a mãe, sem qualquer sorriso e talvez com inveja da prioridade, desandou. terminado o abraço ao pai a menina tocou o ombro da mãe - um toque que pedia também um abraço.
há pessoas que simplesmente não demonstram afectos. há pessoas que adoptam a rigidez e o virar de costas perante os afectos. há pessoas que, talvez afectadas ou não, como vamos saber, não afectam. e tudo se resume a um momento que passa: porque são os afectos que, não deixando passar, marcam.
há pessoas que simplesmente não demonstram afectos. há pessoas que adoptam a rigidez e o virar de costas perante os afectos. há pessoas que, talvez afectadas ou não, como vamos saber, não afectam. e tudo se resume a um momento que passa: porque são os afectos que, não deixando passar, marcam.
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
em pleno século vinte e um ainda há mulheres que fazem da gravidez uma arma de arremesso contra o futuro: asseguram, pela vida inocente, uma pensão mensal bem composta e uma vida fácil. um filho de um ricaço aqui e outro acolá permite-lhes ter uma existência tranquila sem que os afectos - mais do que existir - interfiram nos seus planos. por sua vez, a quarta categoria de homens persiste igualmente. há os meramente sentimentais, os meramente cerebrais, os perfeitos porque misturam as anteriores em doses atraentes e depois há os pilas moles. só um pila mole, que faz da dureza da pila o maior mandamento da sua vida, é que cai na conversa corporal de uma mulher deste calibre.
bem visto, pila mole em mentira dura tanto fode e é tão burra...
bem visto, pila mole em mentira dura tanto fode e é tão burra...
domingo, 24 de agosto de 2014
Portugalina, a nação ideal
se a moda da ritalina chega cá, este governo vai explorá-la ao máximo: começar, logo na primeira classe, a chantagear os professores para que digam aos pais das criancinhas que são todas hiperactivas. desta forma o futuro deixa de ser ameaçador - controladas as dúvidas, as perguntas, os sonhos e as ilusões restam os zumbies. não pensar é a ordem desejada por todos os castradores do mundo.
sábado, 23 de agosto de 2014
bem sei
vão dizer que é cedo
e falar de exagero
mas eu sei
o Outono já começou a chegar
dizem-me as auroras húmidas e felizes
por conta de brincarem com as gotas que as cobre
e depois há as pombas irrequietas
porcas e sovinas
que correm no ar a procurar as folhas, e resquícios sem nome,
sem nome porque não sei,
que já caem
mas eu sei
que o Outono já começou a chegar
em seu vagar
sem ser cedo e sem se fazer tardar
e está certo o Outono
em dizer ao Agosto que já é miragem
vão dizer que é cedo
e falar de exagero
mas eu sei
o Outono já começou a chegar
dizem-me as auroras húmidas e felizes
por conta de brincarem com as gotas que as cobre
e depois há as pombas irrequietas
porcas e sovinas
que correm no ar a procurar as folhas, e resquícios sem nome,
sem nome porque não sei,
que já caem
mas eu sei
que o Outono já começou a chegar
em seu vagar
sem ser cedo e sem se fazer tardar
e está certo o Outono
em dizer ao Agosto que já é miragem
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
todas as variantes podem ser feitas em grande quantidade para congelar em porções e usar à medida. excelente. mas... o que é isto de cozinhar em placa? quem cozinha sabe que é uma valente treta. gás! cozinhar pede gás!
o que custa, custará, engolir nos anjos é que andam sempre com o diabo na língua. Pidarra, fico mesmo contente com o teu sucesso e que vivas à grande. que bom, já estou a dar pinotes de alegria. mas podes, por favor, escrever à grande e à portuguesa? é que o verbo trazer não se conjuga assim:
eu trago
tu trazes
ele de frente
está bem?
eu trago
tu trazes
ele de frente
está bem?
como se o mundo coubesse, e cabe, em uma bomba de gasolina: os combustíveis estão pela hora da morte, quer dizer nem tanto assim porque a hora da morte deve ser aquela cujo preço da vida fica impossível de pagar, e somos obrigados a meter a mão naquela pistola pestilenta e comunitária, nojenta, somos obrigados a meter a mão na merda. depois pagamos como se nos tivessem prestado um serviço - e um bom serviço.
de repente, podemos ser salvos por uma epifania de nos chamarem anjo. meu anjo. talvez uma simpatia, ou um mero sorriso, nos salve naquela hora de quase morte. porque os anjos, de facto, existem: os anjos são pessoas pouco comuns que conseguem ver o melhor nos outros ainda que recebam apenas o pior.
de repente, podemos ser salvos por uma epifania de nos chamarem anjo. meu anjo. talvez uma simpatia, ou um mero sorriso, nos salve naquela hora de quase morte. porque os anjos, de facto, existem: os anjos são pessoas pouco comuns que conseguem ver o melhor nos outros ainda que recebam apenas o pior.
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
domingo, 17 de agosto de 2014
camandro
diz o Diário da República que ser vítima de violência doméstica é um requisito para o acesso à medida estágio emprego. isso vai estimular a denúncia ou, pelo contrário, vai gerar espancamentos voluntários? camandro!
sábado, 16 de agosto de 2014
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
há pouca coisa tão difícil como reprimir o sentir. ter uma colónia de pulgas em casa que veio em um tapete de um familiar também é? não. é bastante fácil de resolver, até. o tapete vai para o lixo, todos os outros têm de ser escaldados, a casa limpa até ao avesso e a cadela catada. o importante mesmo é acabar com o ciclo de vida das pulgas porque os desparasitantes só actuam em adultas.
terça-feira, 12 de agosto de 2014
ultimamente isto só vai lá com pausas. ora se terminei o meu primeiro curso há dezasseis anos, já não via este colega seguramente há dezoito ou dezanove - isto porque quase todos desistiram a meio e os poucos que restaram nem sequer chegaram a fazer e a defender o estudo. apareceu-me agora e achei piada ao que disse: estou na luta a tentar vender charcutaria por esse mundo fora. achei uma forma simples e divertida de interpretar - que pode não corresponder ao que ele disse - que anda a encher chouriços.
lembro-me de que não tinha grande paciência para aturá-lo na altura. estava sempre a falar e tinha uma voz áspera. era imensamente alto e obrigava-me a levantar muito a cabeça para olhar para ele.
só podia mesmo ser vendedor, tem jeito. só espero que não seja dos que dizem: boas, é sempre um gosto ouvi-la, blábláblá. a dizer isto e com aquela voz áspera até as salsichas dão de frosques.
lembro-me de que não tinha grande paciência para aturá-lo na altura. estava sempre a falar e tinha uma voz áspera. era imensamente alto e obrigava-me a levantar muito a cabeça para olhar para ele.
só podia mesmo ser vendedor, tem jeito. só espero que não seja dos que dizem: boas, é sempre um gosto ouvi-la, blábláblá. a dizer isto e com aquela voz áspera até as salsichas dão de frosques.
salobrar
nem o Freud ever conseguiu explicar how sonhos podem ser tão reais. começo a achar que ler muitos artigos em inglês, já ando fartinha, ando fartinha de tudo ali no ganha pão, agora apetece-me dizer que antes de ganha pão é mais ganha pão ralado, ou côdeas, é mais côdeas, picam-me o pensamento com esta coisa de língua salobra. e que interessa isso? interessa tanto como os sonhos de olhos fechados. é como ir ao cinema. quer dizer, como ir ao cinema não - já que podemos sair a meio ou fazer com que o pote enervante das pipocas de alguém se desfaça no chão. no cinema podemos controlar a tela pelo livre arbítrio. os sonhos são outra coisa, são desejos ou então repulsas. mas está tudo lá com cada pormenor que acordados nem tínhamos dado conta. quer dizer, pormenores é comigo e os meus sonhos são o cúmulo do pormenor - um arraial minhoto de pormenor, bem visto. talvez chore. ou talvez não me dê para chorar, só para pensar. o que importa sempre, pés em pontas de chão que pés chatos dispenso - é razão a mais, é não fazer viver a ilusão.
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
a propósito deste título tão sugestivo: é mentira; mas é verdade. é verdade que já ninguém escreve cartas de amor. mas é mentira no ninguém. o ninguém é demolidor e rasga-me o peito. ninguém o tanas.
domingo, 10 de agosto de 2014
superioridade inata
há pessoas que não precisam de conquistar a superioridade porque já nascem com ela - uma superioridade na alma que incomoda e que enfraquece os mais fracos. curiosamente, os mais fracos são os que precisam de usar a autoridade e a maldade para sobressaírem. e esses ganham, de facto. ganham o prazer de chafurdarem na humilhação que praticam e dão a provar aos que já nascem superiores.
não deixa de ser triste. mas o que vale é que a superioridade inata é adepta da alegria.
sábado, 9 de agosto de 2014
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Subscrever:
Mensagens (Atom)