sexta-feira, 2 de setembro de 2011
qualquer - a palavra que faz a diferença
a fidelidade está em vias de extinção - a capacidade de se ser verdadeiro e leal com quem se está, não por princípio, não por opção, não por se estar com o "não é bem isto mas é melhor que nada", por se sentir que com quem se está é com quem preenche tudo o que é estar. e perceber e sentir que até o homem que vive com a mãe de uma grande amiga, por convivência amigos também, está a mostrar e a forçar o estreitamento de relações comigo à margem da mulher com quem está - a mãe de uma amiga que é amiga também. a resolução do problema passa, obviamente com ele, por não lhe dar importância, por recusar os seus convites, por fazer de conta que esse seu interesse é apenas de carinho por afinidade. a questão desconfortável para mim, que é o que interessa, é o nojo que sinto por mentiras, por mostrar que tudo está bem, e pela sua deslealdade com ela em detrimento da sua vontade - não correspondida por sentimento, por vontade e também por opinião arraigada - comigo. quem não está bem só tem de verdadar e dispensar; é o ter de encará-los sem espontaneidade ou de encetar o distânciamento necessário para sucumbir ao fingimento. e a redoma fecha-se mais um pouco. sair de casa para alguns sítios é, cada vez mais, um perigo: não por poder ser atropelada ou roubada mas simplesmente por ser apenas mulher sem ser uma mulher qualquer.
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