porque um mal nunca vem só- dizia-me ela, voz em bicos de pés e ânimo em soalho de chão, pelo aparelhinho, aquele aparelhinho a que chamamos telefone e que encurta a distância e faz com que não nos sintamos, amiúde, pássaros viajantes de estações. por ele enviei-lhe uns quilos de consolo e umas gramas de alegria, coisa pouca, não por incompetência ou incapacidade mas por malogro de longuidão de espaço, porque há alturas em que as preciosidades só são suficientes, ou pelo menos um pouco mais do que palavras carregadas de boas vontades e intenções, aos olhos e ao calor de um abraço amigo. poucas são as vezes que meras palavras podem amar.
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