imaginei-os ao sabor de uma chuva torrencial, esboaçar de alegria, com o mesmo entusiasmo com que saltitam ao sol. e não tive mais nada: liguei a mangueira e encharquei-os com abundância. agora, ficamos todos consolados - eu satisfiz a minha fantasia e eles, na realidade, adoraram. talvez isto tivesse acontecido, penso com convicção, porque simplesmente terei absorvido o desejo deles e o que imaginei foi, nada mais nada menos, o que eles queriam e me passaram naquela língua estranha e aguda, que sai dos bicos de ponta fina e arqueados, que é a deles.
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