terça-feira, 10 de abril de 2012
risos na voz
fim de tarde em reclamação a serviço de apoio a cliente, ouço aquela voz. pergunto novamente o que já tinha perguntado para ouvir mais, não o que ele tinha para dizer, da voz. uma coisa é gostarmos da voz de alguém que conhecemos e gostamos - gostar de alguém e também da voz; outra coisa é gostar da voz sem conhecer o que quer que seja de alguém - gostar da voz sem gostar de alguém - como se a voz fosse, e é, alguém. interrompo-o e pergunto-lhe o que está ali a fazer. diz-me não estar a perceber. explico que deveria estar na rádio, incansavelmente, a dançar palavras. risos. pergunta se pode ajudar em mais alguma questão e digo que sim: pergunto se vive perto e, questionando-me porquê, diz-me que não. porque se vivesse tinha mesmo de vir lanchar comigo. mais risos, risos na voz.
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