quinta-feira, 11 de outubro de 2012

era uma vez


piscam-se os olhos, piscam, como se a morder dos lábios os cantos
jaz o triste, o mudo, o cego
perante beleza tamanha, sem manha, flor
como se ordenada em quarto de vestir
espelhos, folhos e laços
sem pudor e embaraços
se entregasse nos dele braços
era uma vez, nos braços de pano brancos, fluidos d'amor, uma flor