segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
nunca desejei tanto a morte a um morto
tanta gente a passar mal neste país, tanta miséria humana e social e moral, e há mobilização total por um morto - uma pantera da bola passada. por falar nisso, também morreram trinta e nove baleias e quase ninguém deve ter dado por isso.
maravilha
esta maravilha serve a todos: tanto a quem ama a culinária e quer aperfeiçoá-la como a quem a odeia e também a todos os que um dia podem precisar dela por falta de quem lhes faça tudo. ou até mesmo serve para os que são convictos na certeza de que trabalhos manuais só aqueles executados, carne na carne, em si mesmos.
domingo, 5 de janeiro de 2014
sábado, 4 de janeiro de 2014
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
pode ser
em Portugal, 2013, a palavra mais pesquisada no dicionário Priberam foi poder. vai-se lá saber o que se passa na cabeça do mundo. se por um lado, como diz a notícia, a pesquisa pode servir para descobrir o significado - por outro também para verificar como se escrevem as palavras. ora poder, quer como verbo quer como substantivo, é capaz de ser uma palavra complicada. tal como bunda-mole ou anão, por exemplo. uma coisa é possível concluir: quem fez estas pesquisas foram, respectivamente, incapazes, cus duros (não confundir com kuduro que esse aprecia mais trabalhar com a anca do que com o computador) e gente de estatura regular. pode ser.
o que é certo
a ocasião faz o ladrão. isso. e tanto é ladrão o que rouba como o que deixa roubar. pára tudo.
é um campo imenso, enorme, recheado de grelos e couves tão verdes como uma safira por inventar. e é um campo tão farto como desprotegido. a meio, o tal carreiro por onde sabe tão bem às galochas calcarem as poças e às ervas receberem com forte aplauso as águas e as merendas dos cães. mas há quem queira usar o carreiro, em todo o lado há gente que só quer usar em abuso, para aceder ao verde e usurpá-lo em sacos grandes e resistentes perante tão grande céu. agora quase que dizia que sou o céu. mas não, quando muito serei um céu, sim eu sei que céu da boca somos todos e toucinho do céu só de vez em quando, um céu sem ser pedaço. as couves e os grelos, ah!, essas pequenas grandes maravilhas que vitaminam e também fazem a tripa dobrar!, estavam a ser fisgadas de uma assentada. mas roubar para comer não será pecado, ouvi-me; mas pedir para levar para comer é que é correcto, mais vozes. decidi repousar, tal e qual como faz o céu, pelo menos nunca o vi a correr a não ser para mudar de cor, e aguardar que alguma sensatez descesse pelos canais que ligam o céu à terra, a razão à sensibilidade pela intuição, e sete casas abaixo das safiras por inventar lá estavam eles a violarem a laranjeira da casa azul e de portões acabados de abraçar. a adulta, suponho que seria a mãe, a péssima e desmerecida mãe, ser mãe é proteger, carregou a mercadoria enquanto mostrava às crias como procederem no assalto. esgar de vergonha, o meu - sempre o meu -, perguntei apenas se aquela era a casa deles e se achavam agradável chegarem à sua e terem sido roubados. mas são apenas laranjas e aqui não mora ninguém. percebi ser prática habitual e despudorada, uma miséria de ser. revolta no auge, a minha, porque ninguém desvaloriza laranjas e couves e grelos à minha frente, arregalei os olhos e ordenei que saíssem e não voltassem. e num ápice fui avisar os lavradores dos ladrões que andavam à solta. tudo se resolveu por ter a certeza de que fiz o que é certo. o que é certo para mim.
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
domingo, 29 de dezembro de 2013
andam a meter-nos o dedo no nariz
quer dizer há um elemento diferenciador, sim, mas quem é que quer pornograficar a arte se ela é tradução de vida em vida que se traduz? mas a solo. obrigadinha mas não precisamos, dedos no nariz, que nos façam desenhos.
sábado, 28 de dezembro de 2013
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
ai que riso de irreverência gorda!
viva, protectora do colhão descaído e do tesão tangente, a santa nicollette!
(falta, por favor, o s na penúltima)
(falta, por favor, o s na penúltima)
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
crise
de mentalidades: não fosse a bimby um bom exemplo disso. é que além do preço de aquisição, acresce a factura de electricidade e também aquilo que faz da cozinha um local, misturas e provas de afectos, de amor. que tristeza pegada. que vergonha. também há a hipótese de muitos portugueses estarem convencidos de que a máquina produz ingredientes, verdadeira maravilha, e serão os mesmos que acreditaram piamente neste governo que elegeram.
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
sonhos
é por isso que os sonhos, ser guardadora de sonhos, não são para qualquer uma: há que fazer a massa, trabalhá-la até à tenrice. e depois, uma estafa seguida da próxima, há que fritá-los, impregnar o cabelo e a roupa daquele odor tão infiltrado como o secretismo, e cobri-los de açúcar e canela. dão trabalho, os sonhos.
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
domingo, 22 de dezembro de 2013
boa humanidade
o termo ao milímetro deseja a todos os visitantes, mudos e calados, uma quadra fantástica. esta época tem pouco que ver com crenças religiosas - antes é de crença naquilo que é ser humano. e se pelo menos uma vez por ano parte do mundo pára para se rever no outro, então já é bom haver crença. e eu acredito na humanidade.
sábado, 21 de dezembro de 2013
in verno
o calendário trouxe-o como traz sempre os dias marcados. mas ele já por cá andava: distingue-se do anterior pela cor dos dias, pela humidade e também pelo sabor. porque o Inverno é cinzento, molhado e doce festeiro. o que seria de nós com um Inverno o ano inteiro?
seriamos aves uns
ursos outros
harmonioso desencontro
como quando no deserto
a água é união de miragem
oásis de silêncio triste
in verno estamos
in verno somos
seriamos aves uns
ursos outros
harmonioso desencontro
como quando no deserto
a água é união de miragem
oásis de silêncio triste
in verno estamos
in verno somos
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
ora o que tenho a dizer sobre o vídeo promocional das cinco advogadas
nada percebo de deontologia dos advogados nem da Ordem mas como consumidora, e consumidora mulher - mais isenta, portanto -, é que se trata, de facto, de uma inovação: estamos habituados a ver o Homem das leis como estático, sentadinho na secretária a ver como dá uma coça a lei para ganhar causas, e neste vídeo há dinamismo: é a mulher do século vinte e um, activa, completamente entregue ao sucesso profissional, que usa copo menstrual em vez de pensos e tampões, preocupada em fazer olhares sensuais encenados à moda do FB, com os presuntos de fora e a usar o direito de preferência através da imagem produzida com acessórios de luxo. não me parece nem bem nem mal - apenas real e actual.
pequena observação: o uso de copo menstrual em vez de pensos e tampões é a grande narrativa maravilhosa disto tudo. viva o copo menstrual!
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
que vergonha
mas o que é isto? em Portugal o google serve para pesquisar sobre esta mulher horrorosa, este jogador azeitola e estes ociosos? e depois admiram-se com este tipo de provas básicas feitas àqueles que deveriam ser os pilares mais intelectualmente firmes da sociedade. estarei por certo a conjecturar e a inventar larguete mas não serão as costureiras nem os trolhas nem os padeiros ou desentupidores de canos a fazer tanta pesquisa durante as jornadas de trabalho - nem de noite, já que têm de se levantar muito cedo para picar o ponto. digo eu.
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
careca
o homem era careca, sem pestanas nem sobrancelhas. percebi, entretanto, porquê: durante três horas, sentado enquanto esperava a sua vez, esteve a jogar alguma coisa semelhante ao tetris no telemóvel. e só retirava o puto do dedo indicador da coisa para coçar a fruta. está, portanto, explicado não haver pêlo que o ature.
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
oliveira
do verbo (des)governar |
ó minha rica oliveira
a segunda mais antiga
velha
que meigueice
deixas-me orgulhosa, sadia,
azeite cremoso
de que se vai barrando o país
nisto de ferida e urtiga
dia sim dia sim
diz que disse diz que diz
garras e coisa e tal
do desgoverno sem freio
tripas sem moda
a desgosto
calçada descalça
Portugal
o enigma da experiência Vs memória
ele explica tudo - ou como este governo nos faz profundamente infelizes.
a pele do cavalo
ligou-me por haver novo projecto. pediu para nos encontrarmos no shopping. achei estranho. perguntou-me em que loja há das malas que eu usei uma vez, uma mala em pele de cavalo branca e verde com manchas prateadas. digo-lhe tratar-se da minha mala preferida, presente de aniversário do meu pai há três anos. ainda ali, às portas do shopping, pergunto-lhe do projecto. perante a minha mudança de assunto e desinteresse pelo shopping e pela mala, esgar de desprezo- o dela -, diz-me que a equipa já está formada.
não me corrompo. nunca. a minha pele era agora de égua ferida. e ainda é.
domingo, 15 de dezembro de 2013
populismo no RSI
a propósito deste assunto há um estudo sociológico muito interessante do Eduardo Vítor Rodrigues, Escassos Caminhos, que faz, inclusive, um balanço sobre os problemas e desafios que o neoliberalismo impõe às políticas sociais e ao estado-providência.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
bora lá dar o pito e ficar a aguardar a gancha, tão boa, deles
os preliminares estão todos explicadinhos aqui.
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
olá menina, bom dia, como está
diz, sempre que passa sem interrogar. por duas vezes seguidas parei a responder mas andou sempre. na verdade, é uma mulher de mantras que não quer saber - só quer dizer. adivinho-lhe duas ou três cores, no máximo três, não mais, que fixou para vestir ou aperaltar; aposto-lhe uma ementa semanal irremediavelmente iigguuaall desde há trinta anos e dias estabelecidos no mês para copular com o marido. dias e tempo de execução da obra porque a mulher nota-se que tem muita freima. olá menina, boa tarde, boa noite, como está. vou chamar-lhe Piedade. a Piedade quando passa olha para o chão e solta palavras, palavras decoradas, para o ar. tanta pressa. um dia, consolada, levará consigo todos os mantras do seu viver para o lugar, aquele lugar de frenesim calado e quieto, onde não deve mesmo haver quem lhe queira responder.
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
como inesperada vírgula do tempo
Lembrarás então o pai aqui sentado
A máquina de escrever no chão
Os discos na parede entre a luz e o pó
Irão passar talvez muitos anos
Farás promessas que não vais cumprir
E dirás ruas para voltar noutras horas
Será como quem percorre um caminho
Iluminado pela luz do teu olhar
À procura das palavras subterrâneas
Lembrarás então o pai aqui sentado
Um gelado presente do indicativo
E silencioso que não fala – não esquece
Passarás nas tuas mãos um fio
Será talvez a memória das noites
O tempo do leite e das fraldas
Será como quem procura descobrir
Nos desenhos (nos cadernos escolares)
Uma outra maneira – a tua outra voz
Lembrarás então o pai aqui sentado
Não como pai mas como anónima pessoa
Surpresa a esperar no céu do outono
Terás nas tuas mãos um retrato
O voo das aves por cima da casa
Como inesperada vírgula do tempo
Será como quem procura fragmentos
Num momento ou talvez num lugar
Na tua idade como um portão aberto
José do Carmo Francisco
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
não há problema algum de expressão
corporal: este ritmo compõe tudo.
se não acreditas, comprova. (nem sequer é por acaso que é um dos sucessos do zumba)
dá-lhes Maria do Céu Brojo!
se à ciência acrescentarmos o miolo da nação e da naçon, estamos a entender o micro e o macrocosmos: estamos a entender-nos e logo a entendermos o outro para depois entendermos a humanidade.
domingo, 8 de dezembro de 2013
mais uma, do cão, a roncar
ai que riso, Diogo Leote!,depois da risota pegada com o Pedro Bidarra e com a Rita Roquette de Vasconcellos.
tanta coisa, pessoal e transmissível, MEC
uma visão interessante do que é escrever;
estar metade/metade pode não ser estar dividido para escolher;
a imbecilidade existe mesmo, pá;
como se pode estar fodido a viver em Portugal e gostar muito do Paulo Portas;
verdade que nunca há-de envelhecer: os Portugueses são boas pessoas;
o desinteresse pela actualidade real é uma grande fantasia.
estar metade/metade pode não ser estar dividido para escolher;
a imbecilidade existe mesmo, pá;
como se pode estar fodido a viver em Portugal e gostar muito do Paulo Portas;
verdade que nunca há-de envelhecer: os Portugueses são boas pessoas;
o desinteresse pela actualidade real é uma grande fantasia.
sábado, 7 de dezembro de 2013
ai o cão, o auau...
não. não vou deixar de congratular o Diogo Leote, que foi quem trouxe o cão à rua, nem o Pedro Bidarra e a Rita Roquette de Vasconcellos que o levaram a passear depois deu lhe ter feito, ao cão, umas festinhas inocentes. a irreverência gorda é fantástica e com a deles fartei-me de dar pinotes de satisfação. porém, no blogue zen que é o Escrever é Triste, tal irreverência há-de ter feito engolir a Tia da Costa em seco - ou quem sabe mijar-se toda - já que aos da mesma classe dela ela não pode, e não convém, castrar: antes mandou-os, de forma simpática, nevar para arrefecer a líbido da irreverência. não é que tivesse lido (além de impedida de me defender, e comentar quem merece, na casa onde fui agredida pela difamação também puseram trancas na minha porta rastreando o meu IP - isto sim é invasão de privacidade) mas não está difícil de perceber que nas galerias do Parlamento da Tia não convém ir quem não se tem como inferior. em uma outra perspectiva, o argumento da irreverência gorda e da divisão pelo pensamento só serve para inibir a classe dominante de se confrontar com a classe supostamente inferior - já que com a residente tudo não passa de palmadinha bem jeitosa nas costas à boa maneira da plastificação social.
também não posso deixar de analisar os acontecimentos colaterais à saga do cão (tão feliz como se vê ali, cheio de pinta, que foi censurado por ter sido colocado por mim ao lado da Eugénia de Vasconcellos e tem andado agora consoladinho por cima e por baixo e pela frente e por trás dela), ó. é que há autores que se deram ao trabalho, depois do abanar que o sexo virtual instigou lá, de me despromoverem de amizade no FB. ó. não convém que certas pessoas no seio familiar percebam o que sem eu querer descobri. mas é tal e qual como desenhou a Rita: quando cai o chapéu, enfia-se o gorro de pai natal. cheiinha de ingenuidade descobri mais do que o que pretendia e deixei a nu, sem qualquer intenção propositada, a pelagem de uns e de outros e, mais, de par em singular.
confirma-se: as mulheres, não todas obviamente mas é privilégio de género, têm aquela intuição que permite a descoberta mesmo quando nada se pretende descobrir. mas isso é motivo de alegria - pelo menos para mim. já para outros será motivo de raiva e ódio e frustração - sim, aquelas coisas que movem as pessoas para a censura e tirania.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
garden
de que valem os olhos brilhantes
se de tudo costuram instantes?
de que valem miolos de noz
se tudo o que resta são ecos de voz?
de que vale a estrada pungente
se são muros cortantes de gente?
de que valem os bichos honrados
se são dias os tempos contados?
de que vale a estrela no prato
se o ouvido é de cobra e lagarto?
de que valem as sombras contentes
a luz
pequena manta que o fim encobre
se não sabe
esperta
sempre esperta
se é amanhã que vive ou que morre?
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
argumentos afáveis
em riso, muito, não resisto a traduzir para a versão afável a discordância:
minha querida e excelente e magnífica, rainha das rainhas, abençoada e belíssima boneca de porcelana, não é que tenha alterado completamente o conteúdo produzido pela sua colega para fazer do seu, à sua razão, melhor. não. decorou o seu texto a romance lindo o que não poderá ser comparável ao outro texto. mas o seu está melhor, afinal de letras a menina é a melhor da sua sala. não fique triste.
(e quando lhe pedirem para lhe darem beijinhos de língua tenra na pombinha que tem entre as pernas, pela internet, na sua princesinha, não esqueça de ter ao lado o auau)
veja lá, diga-me antes se posso ter uma opinião diferente da sua e expô-la. veja e diga-me, por favor, não quero incomodá-la, adorável rainha.
minha querida e excelente e magnífica, rainha das rainhas, abençoada e belíssima boneca de porcelana, não é que tenha alterado completamente o conteúdo produzido pela sua colega para fazer do seu, à sua razão, melhor. não. decorou o seu texto a romance lindo o que não poderá ser comparável ao outro texto. mas o seu está melhor, afinal de letras a menina é a melhor da sua sala. não fique triste.
(e quando lhe pedirem para lhe darem beijinhos de língua tenra na pombinha que tem entre as pernas, pela internet, na sua princesinha, não esqueça de ter ao lado o auau)
veja lá, diga-me antes se posso ter uma opinião diferente da sua e expô-la. veja e diga-me, por favor, não quero incomodá-la, adorável rainha.
comece por atacar a escravatura em casa
Escravatura: estima-se que cerca de 30 milhões, gosto do exagero quando as estatísticas apontam um pouco menos, de pessoas vivam escravizadas entre exploração infantil, sexual, servidão por dívida ou casamentos forçados - são estes os tipos de escravatura mais considerados pela ONU (Organização das Nações Unidas) neste século, apesar de já virem de longe. Índia, China, Paquistão, Nigéria, Etiópia, Rússia, Tailândia, RD Congo, Bangladesh e Myanmar são os países por onde estão espalhados os mais escravizados - 76% da população alvo desta violência.
Escravatura infantil, os números
A escravatura infantil é uma das formas que assume esta prática que, apesar de ter sofrido uma quebra, de cerca de um terço, desde 2000, ainda continua a ter um grande peso neste flagelo. Encontra-se, segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), mais concentrada na Ásia- Pacífico e África-Subsariana mas existem crianças a trabalhar por todo o mundo: 11% das nossas crianças, para ter uma ideia são 168 milhões, veja bem isto, estão sujeitas a escravatura principalmente na agricultura - não descurando, obviamente, outros sectores como a indústria e serviços. Políticas nacionais saudáveis e quadros legislativos fortes e apertados neste sentido têm dado uma ajuda na luta contra esta aberração social. Mas não chega.
Servidão por dívida - sabia que é escravatura?
O tráfico de pessoas constitui no Brasil, por exemplo, uma das maiores formas de escravatura: as pessoas são enganadas por falsas promessas de trabalho, não recebem salários, são submetidas a violência física e psicológica e tudo o que comem e gastam é acumulado em dívida que dificilmente algum dia conseguirão pagar. São as explorações agrícolas os locais que recebem o maior número de escravos supostamente devedores.
Os casamentos forçados
Crianças com menos de dezassete anos, maioritariamente raparigas, que são levadas pela própria família para outros países para casarem a troco de dinheiro também estão na lista dos casos de escravatura. Também se dá o caso de ocorrerem por simples tradição de minorias étnicas, como no caso dos ciganos, sendo muito mais difícil rastrear e denunciar. Já pensou em como destes casamentos nascem crianças já escravas?
É isto o progresso?
Chega de números e de estudos. Inaceitável nos nossos dias, resquícios grandes de outras épocas, a escravatura é um cancro social e humano a combater. Mas como mostrar a espada a estes crimes a uma escala imensa, global, se tantas vezes é em si e no seio familiar que ela, a madame escravatura, começa? Sou doida? Quer um exemplo? Nunca parou para pensar na escravatura doméstica? Quantas vezes não teve conhecimento da prima ou da amiga de alguém que por necessidade está em casa de um familiar pagando o que come e veste com a perda da sua dignidade? Quantas vezes não ouviu dizer que esta ou aquela não se divorcia, apesar de não sentir afecto pelo marido, simplesmente porque não trabalha e apesar disso cumpre com os seus deveres conjugais (sexualidade escravizada por si mesma) enquanto o marido lhe mantém o nível de vida (escravizada consentidamente pelo outro)? Quantas vezes já percebeu que aquele homem ou aquela mulher decidiram escravizar-se perante a vida profissional em detrimento dos afectos? E aquele patrão que simplesmente dá umas migalhas ao empregado, ao escravo, não lhe reconhecendo nem atribuindo qualquer valor pelo seu trabalho?
Pois é, são tudo verdades vulgares e por isso mesmo passíveis de serem ignoradas: a sociedade privilegia a hipocrisia e o absentismo dos afectos, escravizando-se em si mesma perante aquilo que é a vida e o viver. Na verdade, o que acontece num corpo é que cada célula contribui para o seu pleno funcionamento ou igualmente para a sua disfunção. Quer a acabar com a escravatura? Seja uma célula consciente de que tudo começa em si. E assim, só assim, talvez um dia, que pode ser já hoje, o amor, aquela coisa que se mistura onde entra e sai o melhor, o melhor que não é perfeito mas sempre uma imperfeição do melhor, aconteça em muitas células ao mesmo tempo. E o mundo, o corpo comum, será um lugar livre.
para não deixar ficar mal a Eugénia, assumir erros demonstra inteligência, aqui fica a defesa aberrante da gerente:
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23:26 (há 9 horas)
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Cara Olinda,
o EeT é um blog de prazer, prazer da escrita, prazer do elogio, prazer da tolerância, prazer de não chatear ninguém e de que ninguém nos chateie.
Temos um editorial que explica isso tudo e que só pede aos nossos leitores que participem desse espírito. Escuso de lhe dizer que as suas intervenções no blog não participam, para dizer o mínimo, desse espírito.
A Olinda, em cada frase, procura o conflito, procura extremar, dividir. Ou seja, e para lhe tirar da boca uma expressão sua, a Olinda faz gosto em vir CENSURAR-NOS. Incomoda-a a ideia de que haja formas de escrita que não participem do seu adjectivo agressivo e dos seus substantivos que estão sempre na vanguarda da exclusão.
Tenha santa paciência, há uma infinita bloga que é exactamente como a Olinda e que quer transbordar de ofensa e de uma irreverência gorda: seja feliz nessa bloga, mas deixe esta pequena assoalhada zen em paz.
Tenha uma boa noite e melhores dias,
é o lhe deseja a Tia Escrever
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08:31 (há 2 minutos)
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Olá Tia Escrever! muito me apraz saber perceber o quando de pedante, felizmente tal não se aplica à maioria dos autores, tem o blogue. A crítica, pedante tia, tem tanto ou mais valor que o elogio - será uma questão de tolerância, e de inteligência também, percebê-lo.
Tenha a Tia melhores dias nesse ambiente controlado e, por isso, completamente artificial que é o Escrever é Triste. Quem fica a perder, acredite com muita força (e penso que terei de explicar sem metáforas em um blogue que falsamente exalta a metáfora), muita força não está na vanguarda da exclusão nem quejandos, não estou a apelar à ofensa, é mesmo o blogue - que de triste passou a afirmar-se infeliz.
A Olinda deseja-lhe, e também ao blogue, muitas alegrias genuínas - vai ver a diferença que faz aos fígados pretensiosos.
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Eugénia de Vasconcellos e o sexo virtual
podia bem ser o título de um livro - mas é apenas uma saga. Escrever é Triste é um dos meus blogues de eleição. diariamente leio e comento quase tudo o que por lá se escreve e hoje não foi excepção. depois de ler e comentar este texto, Genitálias Mirradas, da Maria do Céu Brojo, fui-me a outro da Eugénia de Vasconcellos, E se todo o sexo virtual for real?, no qual critiquei a autora com o seguinte comentário: ó Eugénia, estás a desconversar o post da Maria do Céu que não fala de romance. já se sabe que até um post-it pode acrescentar valor a uma relação. o post da Maria do Céu fala de substituição e não de acrescento. e depois, em excurso e seguido de uma valente gargalhada, disse isto: quando te convidarem para te fazerem sexo oral pela internet não te esqueças de ter ao lado o cão.
ora o meu comentário não só foi censurado como comentado da seguinte forma:
Olinda,
os comentários não são moderados. Este é um espaço lúdico. Mesmo Triste gostamos dele feliz. Partimos do princípio que os nossos leitores não fulanizam ou agridem.
Apaguei o seu comentário porque ele não respeita o espírito que aqui mantemos. Mais: a minha vida sexual não lhe diz respeito, e é privada, com a sua vida fará como entender, mas não aqui.
de imediato acedi novamente à caixa de comentários para solicitar uma breve explicação sobre a causa de tamanha difamação a meu respeito: a Eugénia de Vasconcellos não mo permitiu, ou seja, manteve a sua hipócrita resposta à sua censura dando a ideia de que eu a teria agredido e fulanizado e desrespeitado igualmente o blogue.
tenho a dizer que triste e ridícula e, com toda a certeza, porque habituada a ser elogiada sem sinceridade, é a autora Eugénia porque identificou-se tão plenamente com o meu comentário que se sentiu tentada a castrá-lo e a castrar-me de outros para reposição da verdade. a minha questão é a seguinte: estará a Eugénia de Vasconcellos a acusar-me de acusá-la de zoofilia depois de, supostamente, sem conhecê-la de parte alguma, lhe entrar pela privacidade adentro e ter descoberto que goza e dá guinchos de prazer frente ao monitor do computador?
bom, esta atitude frustrada e desesperada pode bem ter sido causada por vergonha. mas isso é e será problema da Eugénia de Vasconcellos. a mim só interessa repor a verdade, sequer das intenções, dos factos: a Eugénia de Vasconcellos difamou-me. lailailai.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
obrigada, Pedro Abrunhosa
é assim, ao intervir para abanar e ao mesmo tempo encher de esperança a humanidade, que a arte faz sentido.
piropo é assim cocotte
após recolha a Porto editora aferiu dez palavras, as que mais foram utilizadas em 2013. ora são elas "bombeiro", "co-adopção", "corrida", "grandolada", "inconstitucional", "irrevogável", "Papa", "piropo", "pós-troika" e "swap". destas a única que escolho é piropo pois todas as restantes remetem, não pela palavra em si mas em contexto, para cenários tristes e miseráveis.
domingo, 1 de dezembro de 2013
que pedra
ouvi dizer que mais vale pedra no caminho do que no rim mas não será bem assim: a do rim vai-se diluindo ou, em último caso, vai-se tirar. e o outro disse que as do caminho são para apanhar.
sábado, 30 de novembro de 2013
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
corar
a nação como uma mulher - uma mulher recatada que cora de pudor a cada vez que aqueles que estão encarregues de lhe tratar da saúde lhe dizem que tem de se despir. e depois como se fossem, e são, estranhos a mexerem-lhe nas pudendas não tocam ao de leve nas frutas: descascam-lhes a pele, manuseiam a polpa e vão até às pevides e caroços. se a nação fosse uma mulher estaria corada e encolhida de vergonha depois de uma citologia vaginal bem demorada.
é recebê-lo. e recebê-lo bem.
não sei se percebi bem mas acho que quando o frio aperta muito, assim como quem quer estrangular-nos de abraço mimoso porém fundo, é porque veio para ficar. pelo menos por uma temporada.
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
da pereira
gostei dele, confesso que só percebi ser um homem quando se referiu à sua mulher como patroa, nunca o tinha visto aqui na rua. pudera!, acabou por me dizer que está há quarenta anos em França e que já chegou para o Natal. o Natal chega cedo, traz as pessoas de volta à terra, junta-as à família sempre ausente e arreganha-lhes o gosto pelos doces e pela mesa farta. mas eu gostei dele foi por conta do orgulho e do brilho que me mandou contra a cara quando disse que morava na casa da pereira, aquela árvore que dá pêras, sabe?, que era o dono da pereira e que na casa da França, que é grande e com quintal, não tem pereiras sendo esta a casa da pereira a sua casa. falar de uma pereira como algo valioso é motivo para ser gostável. e já combinamos: vamos ver-nos na rua até final de Dezembro. mas com um casaco mais quentinho e um gorro nos cabelos branquinhos Senhor, não Pereira, da pereira - pedi-lhe.
terça-feira, 26 de novembro de 2013
doce ilusão
do carreiro, daquele carreiro, ouvem-se ao longe os carros a passar na estrada - são tal e qual o mar quando, em dias menos revoltos, sussurrava as ondas na areia como que sempre em uma estreia de amantes panados. mas isso era dantes.
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
domingo, 24 de novembro de 2013
sábado, 23 de novembro de 2013
Charles de Gaulle adaptado a Portucale
como se há-de governar um país com cerca de 285 vitis vinifera?
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
velhos d'amar
Velhice - o que é, afinal, a velhice?-, aquele estado de caminhar sem parar mesmo quando os passos ficam mais lentos e curvados e tremidos. A velhice apresenta-se, na modernidade, como condição menor apesar de atingir a maior idade. E tem vindo a crescer o número de velhos ou, melhor, a esperança média de vida. Se assim é, se vemos a vida a aumentar porquê que não damos mais, àqueles que são os que sabem mais da vida, aos velhos?
A Velhice e o estigma da palavra
Há uma conotação absolutamente negativa associada a velhos e a velhice - as palavras são usadas para designar inutilidade ou fedor e, talvez por isso, já se considera tremendamente cruel pronunciá-las. Os velhos são velhos. As árvores grandes e grossas também são velhas. As nações são velhas. O pai natal é velho. A calçada portuguesa é velha. Sim, eu sei, é por isso que os velhos vão para os lares e as árvores são para fazer papel e as nações são para aguerrir e o pai natal é para mentir e a calçada portuguesa é para substituir. São o caralho! Sim, ouviu mesmo bem: são o ca-ra-lho. Os velhos, a velhice, são para amar - por isso a vida tem dado cada vez mais esperança à vida (não sei se percebeu que se está prestes a fazer quarenta anos já está na meia idade); os velhos são a frequência acumulada de sabedoria naquilo que é o gráfico da vida. Entende que a velhice não é para viver só nem em simulações rascas, lares, daquilo que deve ser um lar? Vá já imediatamente buscar o velho que tem na sua vida e ame-o. Já! Amar a velhice quer simplesmente dizer atenção, paciência, resiliência - quando dá conta está a amar, a preencher a vida de alguém que já em muito preencheu a sua (a sua que provavelmente vai continuar depois de a outra deixar de viver).
Repare como acontece tudo
Aquela árvore de camélias que está no quintal sabe de tudo e é por isso que continua naquilo que é o viço das flores e das cores; As nações têm vindo a aprender que o respeito pela Cidade, que é liberdade e democracia, é o que as faz viver; O pai natal, esse barbudo antigo, existe mesmo, não é mentira, representa o cheiro bondoso do avô (ou vai dizer que os avós morrem?). E a calçada portuguesa, aquela pedra de tempo pisada tão linda, é para manter e prender os bicos dos tacões no encanto - ou prefere cascalho batido sem fado e poesia a cada canto?
O que é velho é bom. E velho é, sim, uma palavra magnífica de dizer por ser também de viver. A velhice colecciona tempo contado a viço de Homem honrado - ou então encontra no viço passageiro a alegria de um sorriso inteiro (e mesmo que seja sem dentes, sim).
Estamos, então, entendidos: a velhice serve para ser amada. Ou pense em como a vida se prolonga.
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Emprego: dedicação proporcional, de dois sentidos, materializada em valor pecuniário
Emprego, desemprego, quase-emprego, estigma impregnado. Sim, eu sei, é nas alturas difíceis que damos conta das palavras - o que significam e o que valem. Podemos até dizer que se abre um dicionário a cada momento difícil da vida. Duvida?
Emprego começa na mentalidade do indivíduo
Emprego e emprego de palavras. Comecemos por analisar as mentalidades na lógica do empregador perfeito: aquele que quer dar emprego - dar oportunidade a alguém para se dedicar durante um número de horas determinado a uma ou várias tarefas - quer obter como resultado, isso mesmo, dedicação à qual atribui valor pecuniário. Na mentalidade lógica do empregado perfeito este último quer dar igualmente - dar a dedicação imprescindível à(s) tarefa(s) que lhe são atribuídas pelo empregador mediante um valor remunerativo, o tal apuro que é dedicação do empregador. Mas o que acontece na realidade, e sem perfeição, é que tanto o empregador como o empregado entram em uma espiral - não de dar - de receber. De receber dinheiro sem dedicação e, desta feita, valor - merecimento, talento - associado. E o emprego torna-se, assim, em um negócio, uma transacção meramente comercial.
A esta altura, já abriu o dicionário?
Às tantas ainda não: está farto de ouvir falar em (des)emprego e toda a gente sabe o que é desemprego - desemprego é o parente mais próximo ou o primo mais afastado ou o vizinho do 4º direito ou o amigo de infância que toda a gente tem. Mas e se o desemprego for você, já está com vontade agora de vestir e despir palavras? Vamos ver as coisas assim: você anda à procura de uma empresa à qual se quer dedicar e não há quem queira deixá-lo dedicar-se. Isto, sem dúvida, torna o assunto mais leve de carregar mas mais pesado de digerir porque enfatiza precisamente o fundo da questão do emprego e do desemprego. Nos nossos dias, nestes em que eu e você vivemos, o valor está fora de moda e é descartável. O dinheiro não. O dinheiro apresenta-se como o mais importante de tudo e mais que todos. Por exemplo as situações de quase-emprego, que são aquelas em que o empregador se sente tentado em deixar alguém dedicar-se mas ao mesmo tempo lembra-se de que a dedicação tem também - em termos profissionais - um valor numérico associado exigível pelo quase-empregado, o processo aborta: aborta porque o quase - empregado lembra-se que precisa de comer e de pagar as contas, que o empregador esquece, do viver. E andamos, estigma impregnado de lógica imperfeita de puré, nisto.
Passe-vite: a realidade do emprego passada
Como se a realidade do emprego fosse, e é, passada a passe-vite de euros cerca de um milhão de pessoas é obrigado a odiar o dicionário por conta de o viver não esperar. Porque o viver também morre sem o pragmatismo dos euros na significância do dicionário. (Não deixa de ser uma bela de uma tristeza verdadeira, isso não.) Então e o governo pestilento do Coelho e as variantes endógenas e exógenas à economia? Não quero, não me apetece falar disso porque estou cansada de ser obrigada a cheirar merda. Apetece-me inserir o (des)emprego na lógica do dicionário, já disse. E consolar-me, dedicada, a ver a minha dedicação a ficar.
terça-feira, 19 de novembro de 2013
das tripas, o coração do trabalho
não podia ser melhor escolhido o local para o novo Banco de Fomento: então não é no Porto que se faz das tripas coração?
domingo, 17 de novembro de 2013
ainda bem
que piquei o António Eça de Queiroz a pontos de ele me encaminhar para a versão digital do seu livro - está a ser uma maravilha descobrir não só detalhes da vida do Eça bisavô, e das suas personagens, como também a narrativa do Eça bisneto - o nosso Eça d'agora. afinal de letras, o realismo que se preza - aquela astúcia fotográfica - estás-lhes no sangue.
sábado, 16 de novembro de 2013
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
dar pérolas a porcos
sentirmos, e por isso mesmo pararmos para bem pensar nisso, que somos pérolas para porcos é muito, imensamente, bom: permite-nos concluir que não deixaremos de ser pérolas nem os porcos de existir - antes o verbo dar será finalmente feliz - o que significa a salvaguarda das pérolas perante os porcos. as pérolas querem-se viçosas no luxo que são. simples e elementar.
terça-feira, 12 de novembro de 2013
a direita comunista
a violação dos direitos humanos na Coreia do Norte, pelos direitos civis e políticos - mais concretamente pelo direito à vida, à propriedade e à liberdade de expressão e pensamento e crença resulta de um regime tarado até à morte. e isto faz pensar na violação dos direitos humanos aqui pertinho, na nossa terra, pelos direitos sociais, económicos e culturais: o direito ao trabalho, à educação, à saúde, à previdência social - tudo sob a égide da fraternidade, aquela coisa tripé de igualdade e liberdade e progresso. ora se este caralho deste governo não é, ao estilo do que conta a história dos direitos humanos, comunista mascarado eu vou ali e já venho.
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