domingo, 24 de abril de 2011

salva pelos foguetes (será castigo por eu ignorar a páscoa?)

deve ter sido a primeira e última vez que algum dia gostei de foguetes: e foi ainda agora. acordei como se a cair de uma ponte, suor nas mamas e na fronte. estavam todos, mãos e olhos de mundo, de gente que não tem fundo, a agarrarem-me e a obrigarem-me a comer a papa da modernidade para eu me limpar: uma mistura de batatas cozidas com morangos e miúdos de porco para eu vender o meu corpo e a minha alma - a papa era o elixir, a que me obrigavam, do futuro: desprezar, recusar e abandonar o amor. e se eu a comesse ficaria limpa de poesia real, e de romance e de sonhos acordados, de vida.

(pum, pum. foda-se! nunca pensei dizer isto: foguetes, mis pitufos preciosos. e a culpa é tua, menino Tubarão, por ter lido o teu texto, sobre gentes que vendem o corpo e a alma, depois de chegar de um aniversário, antes de dormir)

2 comentários:

  1. Tudo isso é bom, certo?
    :)

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  2. ser salva pelos foguetes e da papa? não é bom - é great: os pesadelos não são para mim.:-)

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