domingo, 3 de abril de 2011

a verdade: ternura é hermafrodita

nasceu com os dois sexos e os pais podiam bem ter-lhe chamado Asbrúbal ou Glicínia mas não, não: decidiram chamar-lhe Ternura - pela capacidade que mostrou, mal saiu do ventre, ao recusar-se a chorar, em ser superior às reles e básicas características do que é ser homem e do que é ser mulher: recusou-se chorar porque, quando nascem, todos os bebés choram por não quererem sair da ternura e da beleza do mundo do dentro. Ternura nasceu com ternura suficiente para enfrentar o mundo desternurado que é a luta, dos homens e das mulheres, pelo poder.

(sim, é verdade, a ternura é hermafrodita - tal e qual Ternura)


Participação para "Fábrica de Letras"

15 comentários:

  1. Muito bom como sempre.

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  2. Muito boa analogia! Gostei muito!

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  3. obrigada. :-)

    (depois vou espreitar a vossa ternura) :-)

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  4. Gostei bastante do jogo de palavras.

    Parabéns

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  5. (O carinho tá num canto todo amuado por causa dos ciúmes por dares tanta atenção à outra...)
    :)

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  6. :-) que bem visto, tubarão. que fino; que dualidade tão bem percebida.:-)

    (obrigada SC):-)

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  7. Não nasceu a sonhar, mas se tal tivesse acontecido, de certeza que seriam lágrimas de alegrias, pois alegria é o que nos traz a Ternura (delas e deles)

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  8. Que criativo e original. Gostei muito! Lindíssimo e grandioso!

    :)

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  9. nasceu a sonhar com o dentro, Utópico.:-)

    obrigada, Natália. :-)

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  10. De fato tens razão!

    Abraços e parabéns pela participação!

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  11. :-) obrigada, JGCosta.

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  12. obrigada, Sandra.:-)

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  13. Estranho e divertido.

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  14. obrigada Catsone; obrigada soninha.:-)

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