sábado, 18 de junho de 2011
sorriso em flor
não sei o nome das flores. sei que as olhei e as fixei: aveludadas e fartas de pétalas e, todas juntas, fazem um efeito almofadinha recortada onde dá vontade de roçar a ponta das orelhas. voltei tudo para trás e fui buscá-las. quando cheguei, despi-as dos vasos apertados e molhei-as. sorriram-me. sorriram-me tanto que a cor ficou mais forte, mais fúcsia. e, depois, escolhi um vaso preto brilhante a ser penetrado pelas raizes das belas. delas. e aconteceu: sorriram em simultâneo e não voltaram a ser os mesmos - nem o cimo da mesa onde vivem, nem a sala, nem a casa. eu também sorrio mais: tenho mais um motivo para sorrir. cá em casa, há rugas de expressão.
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