estou a regar, estou a encharcar, isto é um dilúvio
é verdade, verdadinha, apetece-me contar-lhe sempre tudo, o copo que me escorregou das mãos ao lavá-lo, pimba partiu-se, os filetes de peixe fresquinho aos montes, a roupa com cheirinho de lavanda, as telas novas em saldos, as malandrices dos meus pensamentos como !socorro! o meu pai é que é meu filho, vai ao bailarico e eu só adormeço a sério quando chega, preocupo, e se aluma espertalhona cabra de cidade lhe fizer mal?, ah pois. mas depois tenho de pegar no lápis para contar, queria os arregalados olhos e a voz hipnotizante, hipnotizante não é porque me pára mas sim porque me agita as minudências de todos os sentidos, a falar. estou a regar, estou a encharcar, isto é um dilúvio: eu queria era mesmo tudo inteirinho e direitinho. !ai! que riso.
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