segunda-feira, 22 de agosto de 2022

no amor somos sempre quatro

como é que um casal que se ame poderá fazer sexo com outras pessoas? como é que alguém que ama outro alguém consegue fazer sexo com outro alguém que não é o alguém amado? ora nesta minha cabeça que muito estimo, isso não se coaduna com amor nunca e em tempo algum, dá-me nos nervos que usem a palavra amor no meio da porcaria, dá-me logo gana de lançar uma bomba e explodir com quem fala em amor assim. como se o amor permitisse desejar outro que não o amado; como se o amor permitisse tocar outro que não o amado; como se o amor permitisse pensar em outro que não no amado.

sim e sim e sim. no amor somos sempre quatro além dos dois: desejamo-nos e, por isso, também desejamos o amado; tocamo-nos e, por isso, também queremos tocar o amado; pensamo-nos e, por isso, também pensamos o amado. amamo-nos e por isso também o conseguimos amar.

é, portanto, uma conta fácil de fazer: no amor somos sempre quatro perante o três de eu+ele+nós que resulta em unidade amorosa. e quem me vier com histórias de nojo, nojo por quererem meter o amor em outros números que não os que considero, leva com bombas para desaparecer em pedacinhos ao estilo iogurte de morango. está dito.


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