sábado, 29 de abril de 2023

 acordei às três da madrugada para ler o livrinho, estava a chamar por mim desde o dia anterior quando chegou, filha, tens aqui uma encomenda embrulhada com um fio vermelho, disse assim que liguei na hora do almoço, ligo todos os dias, abre e vê se tem livros, pai, abriu e confirmou. depois fiquei em pulgas e pulguinhas que tive de domesticar por falta de tempo e por sono quando o tempo teve tempo. é como digo, sou um cu de sono, tenho horinhas de bebé ainda para mais se tiver de estar a olhar um computador. se tivesse rolhos seria diferente, pois claro, o sono havia de querer dançá-lo e cantá-lo e ri-lo e conversá-lo e apreciá-lo muito muito. mas como estava a dizer, fiquei a pensar na fusão da realidade com o sonho e da realidade que é fazer parte da vida - da minha; da dele. e se eu, neste amor de que sou feita e carrego, não sou atordoada o suficiente para salvá-lo? não é que tenha entrado em pânico mas em modo de alguma preocupação, passageira é certo, passageira porque logo me veio à ideia que não sei ser de outra maneira além daquela que sou. mas e então se o meu amor não o atordoar até ao infinito como é? como é se sequer o meu corpo não entra no atordoamento? e se? e se? e se? 

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