domingo, 16 de novembro de 2014

coisa boa: fiquei a conhecer, de uma só vez, o Davide Pinheiro, o Mesa de Mistura, e o Portugal três ponto zero. fixe.



jantar com um casal de amigos pode ser o mesmo que jantar com um par de sósias. reparar que fazem as mesmas actividades, gostam das mesmas coisas, usam as mesmas expressões, ouvem a mesma música e até se riem das mesmas coisas. sempre em conversa a quatro - com ele, com ela, com ambos e principalmente comigo mesma -, apercebo-me nitidamente que só um deles está apaixonado pelo outro já que um deles está apenas apaixonado por si e pela ideia de ter o outro apaixonado por si - e daí aquela relação ridícula que mais parece um espelho. Ao mesmo tempo ela é a mamã e ele o bebé com o paradoxo de ser o bebé o imitável. e depois, como pode ela querer ficar a ser uma mamã apaixonada por um bebé que sente que não é apaixonado por si? sim, porque na conjugalidade tem de haver amor com paixão ou mais vale a orfandade, já que o amor e a paixão não são de aviário. e isso sente-se, não há hipótese alguma de ela não o sentir por mais até que ele finja.

vim para casa a pensar para que raios querem as pessoas relações conjugais assim; em que ponto, ao não existir individualidade, se convencem que se sentem felizes e até que ponto consideram que o amor e o prazer se fazem de imitações e de subserviências e de enganos e de mentiras. conclusão: quanto mais relações conheço mais concluo que o motivo por que as pessoas se juntam é tão simples como o dos intestinos que está para a sanita.

sábado, 15 de novembro de 2014

e em vez de ficar preocupada, senti-me - e sinto - estupidamente orgulhosa porque me disse: ei lá, nunca vi uns ovários XXL como os teus nem com uma forma tão fora do comum! vamos estudá-los.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

porque te decides a correr, chuva, mal eu meto um pé na rua? será emoção, certamente, que tristeza não faz correr nem gente e a chuva é pinga de mim.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

sentimo-nos felizes quando nos compreendem. durante o exame: porque o sexo é apenas um grão de areia perante a praia que é a sexualidade, disse o médico. que imagem tão linda, declarei, com o meu esgar de contentamento. e, em risos, rematei: o sexo tântrico pode durar quatro horas, pois claro, já que deve incluir pasto, conversa, brincadeira, muito riso e coito. certo? o sorriso agora vinha do outro lado, um sorriso de uma figura sábia quase a roçar a terceira idade. é isso mesmo. isso que disse é coisa rara, mas também certa. sabe que há estudos em estudo que pretendem confirmar que o excesso de relações sexuais podem ser fonte de doença. mas em lado algum, digam o que disserem, está provado ou por provar que a ausência de sexo - e não de sexualidade - traz enfermidade.
há exames que podiam durar um dia inteiro.

sempre que eu digo, amiúde, isso não dava para mim - caem-me em cima. é como se saber exactamente o que não se quer incomodasse. e incomoda.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Empresas de contabilidade: Big data, melhor desempenho

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Formação para desempregados apoiada pelo Portugal 2020

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comunicar com o mundo é nunca saber, duvidar, onde vai dar - mas sempre com a certeza de que demos.

Videntes de Fátima: Voltas de Alegria Musical no Túmulo

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Taxa de Emprego em Portugal com Números OCDE por Dentro

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Angola, de Novo o Maior Produtor de Petróleo de Africa

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Azeite em Escala de Intensidades de Sabor para um Nicho

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Álcool por Droga, a Escolha nos Acidentes de Viação

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Falta Saneamento Básico e Sobra Malária: Triste Angola

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Casais do Mesmo Sexo nos EUA Têm Motivos para Celebrar

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Conservas de Peixe, O Pitéu da Primeira Guerra Mundial

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Estar Preso no Trânsito Gera Boas Ideias em Concurso

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Cura à Vista para Diabetes do tipo 1: Estudo em Curso

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Miss Idosa, a Representação da Importância da 3ª Idade

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Corte na Educação, Mais Um Golpe Baixo do (Des)Governo

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Limites à Pesca da Sardinha Por Quem Não Pesca de Pesca

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Autoria do Google Fracassou, Verdade. E agora, como é?

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Orçamento do Estado para 2015, Empresas e IRC em Pousio

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terça-feira, 11 de novembro de 2014

antigamente eu acho que morria um pouco sempre que, todos os anos, em um dia certo, a minha mãe - por frequência acumulada de anos - celebrava mais um aniversário de morte. agora não. o dia não passa despercebido mas já não é triste. aprendi desde muito cedo a viver sem ela e nem sequer sei como seria se ela tivesse ficado. mas como não ficou, é estranho pensar em um presente de ausência que não faz falta - a falta remete-me para uma hipótese e, por isso, para uma ausência também.

é mais ou menos assim, uma brisa fininha e tranquila

modernidade por um fio

há, agora, ou já havia antes e agora é moda, umas correntinhas de colocar no pescoço com o nome das mulheres bem esticado. será uma forma de andar, pois claro, nas bocas do mundo através da personalização do cumprimento. a Vânia vai à padaria, que nem sequer é a habitual, e o padeiro diz: bom dia Vânia! depois entra no autocarro e mesmo antes de mostrar o passe já está o motorista a dizer: bom dia Vânia!. depois anda na rua e os assediadores homicidas da Fernanda Câncio, aqueles que dizem olá coisa linda, já podem substituir a coisa por Vânia: olá Vânia linda!



ora a coisa ficando mais intimista já parecerá coisa de artista. é que senão, daqui a nada até a coisa mais linda que ele viu passar em Ipanema vai ser motivo de crónica de cortar à faca as erecções a favor de mulheres anónimas tantas décadas depois.

sábado, 8 de novembro de 2014

surrealismo do real

durante uma intervenção da NOS para alteração do serviço:

ele - não posso configurar, não tenho autorização, uma vez fiz isso e tive de pagar a mensalidade
eu - mas então eu pego no comando, o senhor diz-me e faço eu. mas não sai daqui sem configurar
ele - pode ser
eu - então qual é a diferença?
ele - é que eu não tenho autorização
ele - e vives aqui sozinha?
eu - não
ele - então o teu marido não está?
eu - também não
ele - não és casada?
eu - não
ele - risos
eu - está a rir-se do quê?
ele - mas tens irmãos?
eu - tenho
ele - e o cão, tens há muito tempo?
eu - é uma cadela
ele, eu tenho mulher e um filho de quinze anos
eu - pois
ele - de sessenta passou para cento e vinte quilos com a doença
eu - tem de ajudá-la então
(passou entretanto uma hora desde que chegou)
eu - então qual é o problema?
ele - vai ficar sem telefone dois dias
eu - porquê?
ele - há uma falha
ele - e então dizem que o leite faz mal?
eu - pois
ele - e sabes porquê?
eu - só sei que os mamíferos adultos não precisam dele para nada
ele - então não bebes leite?
eu - quando me apetece
ele - estou a mandar cv's para Moçambique, não espero nada deste país. mas depois fico por lá, no meio das pretas, aquilo nem é bem mulheres mas não vou ficar a seco, percebes? faço outra família e mando dinheiro
eu - e isso demora muito?
ele - vou aproveitar para ver o euromilhões, assim se me sair já não vou para casa
eu, e veja também a internet se já funciona
ele - está tudo bem, assina aqui
(duas horas depois de ele ter chegado e depois de ter saído)
NOS - estamos a ligar -lhe para saber se está tudo bem
eu - não, o técnico foi embora e entretanto não tenho ligação à internet
NOS - vamos ligar-lhe para ir aí novamente
(meia hora depois)
eleoutro - oi, o meu colega pediu para eu vir cá
eu - é que a internet não funciona
ele - vou mudar o equipamento. mas se não der, o problema é do seu computador
eu - como? então se deu antes do seu colega ir embora como é que pode ser do meu computador?
(duas horas depois)
ele - eu estou fazendo tudo para ajudar mas você vai ter de tirar o vista, esse só dá problema e é por isso que não tem rede
eu - como? deve estar a brincar comigo
ele - mas eu vou ver melhor
ele - entretanto acede pelo telemóvel ao FB, ouvem-se as notificações, vê um vídeo de putaria e faz duas chamadas - ambas sem o efeito desejado: oi querida, sim vim quebrar um pepino de um colega mas depois de sair daqui posso passar aí.
(quatro horas depois de ter chegado)
ele - olha, moça, vou-lhe deixar o cabo de rede porque só assim é que dá
eu - o senhor vai é desaparecer daqui agora que eu estou mesmo cansada e já sem paciência
ele - eu vim te fazer um favor, cacete!
eu - o senhor veio fazer um favor ao seu colega. mas agora vai-me fazer um favor a mim e vai embora daqui que eu depois entendo-me com a NOS. já não posso ser obrigada a vê-lo nem ouvi-lo nem cheirá-lo
ele - tem de mudar de computador, trocar o sistema operativo
eu - é que nem pense. saia por favor

e lá me deixou o cabo de rede com o tamanho de uma tringalha de boi que mal chega ao sofá quanto mais à secretária. antes de dormir pensava ardentemente em fazer duas coisas no dia seguinte: ligar à NOS e desinfectar a casa para eliminar os resquícios das duas carraças de aspecto e conversa pouco asseada.



quinta-feira, 6 de novembro de 2014

quando o roto dança com o esfarrapado


animosidades, imaginação e outros futebóis


percebo pívias de futebol, reconheço, maradona, mas relações e imaginações inter e intrapessoais é comigo: ora falei com virgílio ferreira e asseguro que no desporto, assim como no carnaval, é quando as máscaras caem para os ânimos mais íntimos. estaremos de acordo? não creio. caem, caríssimo, quando se trata de ogres primitivos que usam máscaras em todos os outros momentos da vida. e só caem porque nunca sem elas andaram. não sei se percebeste mas a ovação é que é uma bênção, caralhos tanto para a educação como para a neurose do ping-pong, retrato fiel do que se passa quando os participantes não estão no campo com holofotes apontados.
porque falar de criaturas verdinhas  travessas que andam em guerra, e por isso em glória, com os gnomos é lero-lero de quem só aquece um pratinho de sopa ao invés de comer bacalhau com todos.  é que os goblins assumem-se como sendo portadores de uma força muito grande – uma espécie de seres selvagens com inteligência muito limitada que vivem em cavernas ou em pequenas cabanas construídas com paus e peles de animais: eis que assim é que temos festa e animosidade!
vamos lembrar a primeira guerra mundial que levou os homens e deixou ficar as mulheres – para ocuparem o lugar dos homens, pois claro. havia muito que fazer em todos os sectores de actividade e estava na altura de as mulheres arregaçarem as mangas, principalmente as mais instruídas que, por isso mesmo, tiveram mais facilidade em aceitar tamanha mudança social: começava assim uma vaga de feminismo onde as mulheres descobriam um mundo novo de liberdades e de oportunidades. oopss: esqueceram-se do espírito desportivo dos ogres primitivos. porque se não se tivessem esquecido estariam, a esta altura, a chafurdar – em camisas de noite sexys e transparentes – na imaginação molhada de lama do maradona – e a serem abençoadas, por aturar gajos que se fodem nos dentes, enquanto fazem o jantar.
e depois há os corsos e as pilhagens que fazem parte do mundo desportivo, tamanho legado deixado por manuel passanha para que o desporto actual seja mesmo uma bênção. fazer reviver os piratas é preciso. acrescentemos-lhes, aos piratas, chapéus tricórnios e ganchos dentro do campo, carago!
insultemos, pois, os príncipes que resgatam a branca de neve em representação da procura pela perfeição e a completude do desporto e dê-se, c’um caralho, destaque e primazia à bruxa má, que é rainha e o simbolismo do lado lunar do ser humano: a maldade e a frustração que tantas vezes nos fere a nós mesmos em uma espécie de boicote – assim como a vaidade e a competição a que o ser humano se submete com os outros. e quando se olha o espelho o que vê? vê-se simplesmente a si. exalte-se a inteligência distorcida dos ogres primatas, cáspite!
continua, caro maradona, a tratar o zorro valupi como um fora da lei, sagaz e rápido como uma raposa à espanhola, que se veste de preto e que defende o povo da califórnia contra os governos tirânicos e outros vilões -, uma representação do bem pela cultura marginal que faz questão de humilhar o mal, foda-se! porque a animosidade primitiva sem ser no amor e na cama é, obviamente, mal.
continua, maradona abençoado, a homenagear dionísio, o deus grego cópia do deus romano baco, dos ciclos vitais, das festas, do vinho, da insânia e da intoxicação que funde o bebedor com a deidade fanática do desporto e da competição.
faz o apelo desmesurado e laxante  ao sexo, vinho e muita sátira da roma antiga, uma celebração colectiva em praça pública que colocava a nu a hierarquia social em dias em que as entidades que mantinham a administração da cidade fechavam para haver o deleite das obscenidades primatas do futebol. faz isso, exalta a tua inteligência invertida e continua a sair da caverna.

pequena observação: tenta sucumbir às vertigens do kundera - já que é das outras que sofres -, aquelas que são vontade de cair seguida de arrependimento – porque de ogres primatas anda, sim, o futebol cheio.
bem visto há pessoas que são, tal e qual como acontece com os duendes, ouro de tolos. é o caso das estatísticas que os ministros deste goverrno nos fazem chegar.

censura e carnaval e riso

certa vez fui altamente censurada, não só mas talvez também, por ligar Shakespeare às redes sociais:

to be terr(a)ba. e not to beterraba, diz ela*

i) uma selfie, por aerógrafo com técnicas mistas e sem abusos
sou terra e margem de rio
ii) social media
in: sou terra fértil recomendada e margem de rio desde sempre
g+: sou mais terra e mais margem de rio
f: sou terra – ontem os bichinhos mexeram-me toda; e margem, molhada desde há
pouco, de rio… a sentir-se contente! (like, like,like!)
t: sou terra e margem de rio@ toda a hora
iii) engenharia da construção óbvia
sou terra
e margem de rio
iv) BASTA
ser terra
e margem de rio
brisa de ar fresca com cheiro leve
arrepio
doçura agreste
tingida
naturalmente tingida
até cozer demais tal e qual a cautela
o princípio da cautela é letal?
(o homem de Neandertal morreu de uma predisposição genética para resistir às
mudanças)
a propósito: e a tecnologia, enfurece-se?
ser terra e margem de rio
to be terr(a)ba. e estar.

*ela, a modernidade

agora junto-lhe, ao Shakespeare, como ele gosta, o carnaval:


quarta-feira, 5 de novembro de 2014

a urina e o destino. não, não se trata de uma ucraniana.

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