terça-feira, 11 de novembro de 2014

antigamente eu acho que morria um pouco sempre que, todos os anos, em um dia certo, a minha mãe - por frequência acumulada de anos - celebrava mais um aniversário de morte. agora não. o dia não passa despercebido mas já não é triste. aprendi desde muito cedo a viver sem ela e nem sequer sei como seria se ela tivesse ficado. mas como não ficou, é estranho pensar em um presente de ausência que não faz falta - a falta remete-me para uma hipótese e, por isso, para uma ausência também.

é mais ou menos assim, uma brisa fininha e tranquila

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