sol e calor e tempo para fruir. e os pais optam por levar os filhos ao parque dos centros comerciais, aquele espaço minúsculo e escuro em que a criançada se descalça para andar em filas de espera no escorrega de plástico. não há cheiro de relva nem brisa nem pássaros a chilrear: há chulé e ar condicionado e vozes que entoam nos andares de quem passa. e depois os pais amontoam-se nos bancos disponíveis, ou encostam-se ao pedaço de parede (ainda) livre, a apreciar a merda que fazem: fazem com que os filhos acreditem que amar é aquilo - duas horas a escorregar em plástico, sem sapatos, e em austeridade de espaço e de cheiro e de luz. miserável.
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