segunda-feira, 17 de novembro de 2014

nunca quis que ela tivesse bebés pela simples razão de ficar excluída a hipótese de não ficar com os seus tesourinhos todos. isto por um lado. por outro, também nunca quis castrá-la por me recusar a querer tirar-lhe vida, deixá-la seca e apagada - sem aquela alegria tão contagiante. e estas decisões, pode não parecer, estão em perfeita harmonia com o que também ela quer, conversamos pelo olhar. a prova disso foi ainda agora de manhã cedo. ele a rondá-la, anda sempre, e hoje ousou meter-lhe a pata em cima para a montar. qual não é o meu espanto, nunca a tinha visto assim, quando vejo uma valquíria em grito de valquiranga, completamente passada, aguerrida e a espantar o cão-gajo que ousou tocar-lhe sem que ela consentisse. a minha alegria foi tanta que, ao pequeno almoço, teve direito a mais um rolinho extra de fiambre e a lamber três vezes a minha colher de iogurte natural com sésamo.
viva a valquíria valente e vonita!

10 comentários:

  1. Wagner é bravíssimo!
    bac

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  2. Percebo-te. Assim fui defendo a minha gatita. há 12 longos anos,,,

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  3. Por vezes, acho que lhe limitei o instinto. Tenho dúvidas que tivesse esse direito.
    bac

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  4. que limitaste não há dúvida. :-)

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  5. Com a melhor das intenções, porém, sem dúvida também,
    Resta-me esse consolo.
    E a boa consciência é muito importante. Ainda que sofredora.
    bac

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  6. se fizeste o que sentiste ser melhor para ela, fizeste bem - a ciência diz que sim, que é o melhor.

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  7. Espero bem. Tenho dúvidas, prém.
    bac

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  8. porém (outra nabice pré-pré histórica)
    Ainda escrevo em cadernos A4 :)
    Solta a música - boa que é -, que é que o que nos vai valendo a pena nesta vidinha.
    bac

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  9. Uma dúvida, Olinda. Porquê "alhos"?
    Confesso que não entendo. Desculpa a pergunta impertinente.
    bac

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  10. ui, então os alhos são tão importantes na alquimia da vida como os beijos e as rendinhas, carago! :-)

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