a filosofia lean como gestão foca-se na redução, senão eliminação, de desperdícios, através de análise contínua, produção e controlo de falhas, com vista à melhoria da qualidade e do tempo e diminuição dos custos de produção.
também na gestão doméstica, doméstica da nossa casa onde por debaixo do telhado mora o corpo e da nossa casa onde por dentro do corpo mora a alma, aplicar esta filosofia poderá trazer benefícios e ajudar a transformar custos de oportunidade em optimização da qualidade de vida:
a) qualidade total imediata
procurar o "zero defeito" não no sentido de não usar a louça para a não partir mas detectando e solucionando os problemas na sua origem;
b) minimização do desperdício
eliminar tudo o que não têm valor agregado nem redes de segurança, pela optimização do uso dos recursos escassos (capital, pessoas e espaço)
c) melhoria contínua
reduzir custos, melhorar a qualidade, aumentar a produtividade e compartilhar informação;
d) processos "pull"
será o cliente final a retirar o produto, na vida somos todos clientes e fornecedores, este não é adiado nem atirado para o fim do processo produtivo como um fardo;
e) flexibilidade
produzir grande variedade de produtos, sem comprometer a eficiência devido a volumes menores de produção;
f) construir e manter uma relação a longo prazo com os fornecedores, fazendo acordos para compartilhar o risco, os custos e a informação.
agora que está tudo racionalizadozinho, é deixar as emoções fazerem-se ouvir. mistura-se tudo, com colher de pau, à moda antiga, rapa-se com o salazar para não haver desperdício de ingredientes, e mete-se no forno a uma temperatura suficientemente quente - não exagerada para não queimar por fora e encruar por dentro - e já está: a água cresce na boca da vida. e a vida, ah pois, é para ser trincada e mastigada e engolida e arrotada. a cagada vem depois, depois da assimilação do bom para libertação do mau.
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