a diferença que Jacques Lacan estabelece entre a
verdade e o verdadeiro: a verdade está sempre relacionada com a singularidade de um sujeito e caracteriza-se, pela sua própria estrutura, por ser não-toda, por ser uma
meia-verdade. o verdadeiro é o que se diz:
e o que é dito? é a frase. mas a frase, não há meios de fazê-la
sustentar-se em outra coisa senão no
significante, na medida em que este não concerne ao objecto. a menos que (...) vocês postulem que não há objecto que
não seja pseudo-objecto. quanto a nós, nos
atemos a que o significante não concerne ao objecto, mas ao sentido (LACAN, Seminário 17,
1992, p. 53).
(o real, o simbólico e o imaginário são os três registos da estrutura do ser
falante: o real só pode comparecer como impossível,
o simbólico corresponde às leis do significante, que são as mesmas da
linguagem, e o imaginário refere-se ao corpo e ao sentido.)