existem dias que marcam, marcam todos, uns mais do que outros. hoje sofri um bocadinho com calma enquanto esperei para saber, pensamentos mil, até lá chegar. depois cheguei e novamente tive de esperar, sabe que os homens só conseguem fazer uma coisa de cada vez, simpaticamente me disse, disse como quem diz para me calar enquando enchia a tela do computador com palavras, procedimento a que os médicos estão obrigados - agora talvez muito mais do que a ouvir os pacientes - e lá esperei a segurar as minhas dúvidas e questões. sorriu: não há nada de maléfico no seu fígado e um rol de palavras que explicavam tudo e dissipavam a minha preocupação, pensamentos mil que se fizeram palavras e palavras que se desdobraram em calmantes. ouvi tudo e liguei o meu tradutor automático: a bolinha milimétrica é apenas um montinho de células oriundas dos vasos sanguíneos que se mitraram ali. e lá saí toda feliz decidida a celebrar: escolhi uma comida que nunca tinha comido e também uma sombrinha tranquila para beber aquela hora pequenina.
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