a árvore da pintura bonita que vi é azul
, azulona,
monocromatico azul forte
como não é o céu e o mar
a minha é despropositadamente inacabada
para cima e para os lados
carregadinha de turquesa a roçar o olhar
e com as delícias do mundo como se fosse
, e é,
um jardim-pomar
pode com tudo esse tronco branquinho que o segura
segurado pelas raízes fundas
tão fundas que parecem carreirinhos de água entranhados em poros de terra e orlas de rio que desliza o ar ao mar
depois os brilhos que não se vêem
que fotógrafa mediocre que eu sou
, que carago,
não consigo captar
se calhar sou avessa à lente
, sei lá eu,
como estava a dizer
os brilhos são isso mesmo
, não há segredo,
brilhantes por toda a parte
como se viver fosse
, e é,
sem saber como fazer
a minha maior arte
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