prefiro sempre pensar, e dizer e escrever, assim: acorda, ortografia! por acordar ter aquele trago de afinar - de sair da pequena morte que é o sono. está-se mesmo a ver que acordar é absolutamente o oposto de concordar pactuando com os pseudo-argumentos para a miserável amputação e violação e fustigação da língua. tendo achado um piadão ao arranjinho do Diogo Leote, decidi celebrar o português, o tal, da tradição oral - o que passa de boca em boca - com o excerto magnífico com que ele ilustrou o seu texto viradinho do avesso aos prevaricadores:
“Estamos fodidas. Estamos muito fodidas. Estamos fodidas como o caralho.
Há uma série de coisas que são um problema:
1. A tua pessoa;
2. A tua pessoa nunca estar cá;
3. Não termos sexo porque a tua pessoa nunca está cá;
4. Não termos orgasmos porque não temos sexo porque a tua pessoa nunca está cá;
5. Andarmos totalmente putas da vida porque não temos orgasmos porque não temos sexo porque a tua pessoa nunca cá está;
6. Não falarmos porque não temos as nossas conversas depois dos orgasmos que não temos porque não temos sexo porque a tua pessoa nunca está cá.”
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