e depois há o ciúme, esse bicho que sai do mato sem se ver e começa a picar, é parecido com a azia, arde e queima, expande-se desde o estômago até ao mindinho do pé, estou a explicar como é, depois também vai para a cabeça, ouve-se latejar até que pára na bomba, como se a quisesse matar, e parece que mata, o bicho que sai do mato que deve achar que é indomável mas não é. agarro nele, torço-lhe as orelhas grandes e bicudas, tiro-lhe a força, depois calco-lhe os pés até o ouvir guinchar, e faço-lhe do rabo comprido um rico nó onde o posso agarrar sem escorregar, fica entre a minha mão e o seu pulsar, transpiro e trinco a língua, metade fica de fora, aguento um tempo, já está, bicho do mato insolente, prepotente, intransigente, agora quem manda sou eu, vou-te largar, pisga-te, oupas, vai-te, desaparece, põe-te a andar até onde as urtigas te irão perseguir se me voltares a atacar.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.