o agudizar do arranque em conformidade com as borbulhas bravas do rosto dela, borbulhas em fase de crescimento e prestes a atingirem uma velocidade incontrolável até ao destino. o destino quer-se, aqui, como paragem como se quer em um comboio. os telemóveis, ai os telemóveis! que funcionam nas mãos das gentes como muletas de pés partidos: sentam-se os corpos e levantam-se os telemóveis como se fossem, e são, o que pedem os olhos - os olhos a pedirem mensagens e jogos e nada. é isso, os olhos pedem nada quando sentados no meio do mar que é a gente, uma triste solidão essa que as impossibilita de se escreverem o que vêem e ouvem, de produzirem crónicas surdas de vida em momentos de morte. porque é morte, sim, precisarem de um telemóvel para afastar leituras e até travessuras do espaço; porque é morte, sim, usarem o telemóvel para verem o tempo, não a ficar como ficam as paisagens que pintamos do lado de dentro do vidro, a passar.
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