domingo, 27 de janeiro de 2013

puta que pariu os cabeçudos, cérebrudos.

pensar sequer que este ou aquele grande pensador ou filósofo ou poeta serve de muleta, pelos dizeres, a quem quer que seja no modus vivendi, dá-me volta à tripa. há quem fale de grandes homens pelo que disseram, pelo rasto de evolução social que deixaram quando falharam redondamente enquanto indivíduos e seres efectivamente vivos - a crítica, e a renúncia a serem gente, baseada no argumento da imobilidade social nada mais é do que um escape, uma saída airosa e covarde, da imobilidade pessoal a que se votaram por impotência inerente a si próprios - uma enorme deficiência emocional tapada a todo o custo pela intelectualidade.

isto a propósito de uma frase que acabei de ler, ainda agora, num texto sobre Nietzsche - esse filho da puta cabeçudo, cérebrudo, contudo com alma de alfinete, de bico de palito. Homem sem alma é Homem, nunca e nunca e nunca grande, rasteiro.