chegou aflita, descobriu que o marido anda outra vez a mentir, para me mostrar a bolsa com a droga e o cachimbo e o canivete, pratas muitas e cartões em quadrados. pequenas doses de coisas com diferentes cores em saquinhos e uma pedra branca maior. não faço ideia, nem quero fazer, que drogas são. pediu-me que escondesse e assim fiz, só eu sei onde está a porcaria, não podia mandá-la embora ainda por cima com o meu sobrinho, é preciso protegê-lo. que tristeza. entretanto chegou o meu pai, muito feliz, voltou com a namorada, disto nunca há-de saber, é preciso protegê-lo, e não abriu a boca. quando vem triste, descarrega tudo, conta e pede conselhos. mas como está feliz, nada diz. é assim. cá estou eu.
quem me dera cansar-me para sempre. mas sei que amanhã acordo com o coração brilhante a estrear. outra vez.
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