passei o dia a cuidar do papá, estava na cama doente, hoje não sei ainda como está. mas sei que a minha vida não interessa a ninguém. sou completamente indesejável naquilo que faço, o que faço é invisível, particular, ninguém pode apreciar nem gabar, nunca será alvo de crítica nem de prémio. nunca desejará ver o desenho da minha calcinha nem as borboletas tímidas pousadas em meus seios, sequer terá vontade de imaginar o toque dos meus dedos ou o sabor da minha boca - quanto mais querer.
a minha vida sou eu, por mais que seja confuso com tanta gente no meu pé, sou apenas eu.
não se nota o azulão da bota, só ao sol. à chuva não vai poder andar.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.