espreito, ando sempre a espreitar, sacar-lhe um esgar, e saco tudo, tudo o que é do olhar: saco-lhe o sorriso que dá ganas de lamber e de trincar, saco-lhe o brilho de bailar no olhar, o algodão que de certezinha que é doce de apalpar, cafoné no meu sonhar, saco-lhe os beijos que pouso na almofada do meu arfar, almofada branquinha como a ramisete sua. e fico com tudo, tudinho, é tudinho para mim - para mim que sou dormir e acordar.
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