o meu sangue finalmente desceu, tanta alegria minha olhar as calcinhas e vê-las borratadas de mim como se a panela tivesse fervido toda e corado por entre o fogo gostoso e meiguinho do meu coração que é o corpo inteirinho e a mistura de tristeza com preocupação com os que sofrem e que, por isso, também eu sou quem sofre. agora ainda sou mais eu, penso, com o meu selo ruborado que tenho de vigiar amiúde, o copo não pode encher, o cálice do meu sangue, !ai! que riso, eu tenho um cálide de sangue dentro de mim, sai quente para ser despejado e para voltar a encher. talvez eu seja isso mesmo: um cálice de sangue a ferver apaixonadamente apaixonada pela paixão por quem - e pelo que- me apaixono amorosamente amante pelo amor por quem amo. sou um cálice a ferver de exagero que não existe. porque quando ramo apaironadamente, nunca é demais.
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