dormi mesmo mal, agitadíssima, como se lhe pressentisse - e pressinto- a luta: sai daqui, era o que faltava sair da ilha da fantasia e viver a fazer de conta, queres roubar-me de mim e desse medo que salta de pele em pele sendo sempre o mesmo, toma, toma, toma, colher de pau em riste, vais apanhar, colher de pau que bate em mim, deixa estar que já te preparo um caldinho de afastamento instantâneo, isto é dar um passo à frente e dez atrás, já sabes como se faz, como eu faço, eu que te desdenho com toda a minha couraça, consciência que da adolescência não passa, quero lá saber como estás e como ficas. o que interessa é eu saber meter o anzol, espalhar na multidão, pescar ares que encham o meu balão que levita. recuso-me a ser.
fazes bem, fazes bem, penso exaurida, continua como queres, não te chegues à frente nem a cara dês. mas podias envergonhar-te um bocadinho, de quando em vez. digo eu.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.