sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

ao fundo achados

o alto minho é o local ideal para fazer da existência das cabras e das vacas um negócio, não para a indústria das carnes ou dos lacticínios ou das peles, a fundo perdido. nem sei bem se esta designação, tão certeira, ainda se utiliza. talvez não porque as gentes não gostam de ver a descoberto aquilo que realmente são. e são fundos, de facto, os que são aprovados para pastos perdidos - pastos que não tendo outro objectivo que não a sussessiva capitalização de capital sem sequer haver um mísero investimento em vedações e limitação do espaço - sim, tudo tem de ter um espaço para respirar se entendermos respirar como evolução e não mero movimento de manutenção - para o efeito. entristeceme, e escrevo tudo junto à espanhola para ter mais força, a ganância e o viver de bolso. e se eu pudesse, passava a seguinte mensagem a cada vaca e a cada cabra dos montes: coices e cornadas sem parar nas vidas de bolso até perceberem que o mundo precisa, ao fundo achados, de vidas nas mãos e nos pés, dos corações.

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