sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

da hermenêutica do riso e da vontade

suponho que não terei aquilo que quero, em relação a um assunto, por ter mandado o seguinte recado, por telefone, ao intermediário do negócio: faça assim - se amanhã o senhor tornar a desmarcar a visita diga-lhe, por favor, que se suicide. a questão está na interpretação do riso que não segurei quando me apercebi do que disse em parceria com o riso do intermediário que ouviu o que eu disse. como há dementes em todo o lado, talvez o intermediário dê o recado de forma literal. a minha dúvida não está na eventual consumação literal do recado, até porque acabava-se mesmo a possibilidade daquilo que eu quero, mas no desvio ao negócio pela hermenêutica maliciosa ser exactamente proporcional à minha vontade explicita no recado. só aguardando e, nos entretantos, rir-me, à fartazana, de mim.

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