há diálogos(?), assim, minimalistas - se os entendermos como um movimento sem qualquer movimento. sim, eu sei que é confuso, até eu fico confusa, quando no fundo trata-se de utilizar palavras apenas para assegurar o mínimo. um exemplo: olá. até logo. há, de facto, um movimento que é momento comunicacional mas que é completamente estático, parado, não avança para coisa alguma.
o ir e o estar são acções, per si, de desenvolvimento potencial. por outro lado, o nada fazer também será uma acção: aquela acção onde se situa o tal diálogo (?) minimalista ou que assegura apenas o mínimo.
conclusão: quando não há mudança será porque não há o que mudar. ou então, completamente o inverso, o minimalismo é a mãe de toda a abundância. pois, lá está, estou novamente no ponto de partida cujo diâmetro tão reduzido o coloca no ponto, que é o mesmo, de chegada. talvez a melhor imagem para este tipo de diálogos, que sugerem acção pela não-acção, seja a minha menina morena quando corre, incansável, em busca do próprio rabo peludo. que linda imagem. mereces uma homenagem, Valquíria.