é mesmo isso: um coração que ama muito também muito se entristece e não posso dizer que é um coração que ama demais, posso não, porque amar nunca é demais, sequer de mais nem a mais, porque amar é sem peso e sem medida e também se entristece sem se medir, fica franzido, cheiinho de preguinhas como se não conseguisse - e não consegue - respirar, começa em sudação compulsiva e cora de aflição como se se fosse rasgar, !ai!, e agora, se rasga, batem as pestanas irrequietas, então aos bocadinhos e de repente, não, pois claro que não há paradoxo nisto, como estava a dizer, aos bocadinhos e de repente, as encorrilhas desfazem-se, que lustro bonito e esticadinho começa a espreitar, e o rubro dos nervos miudínhos dá lugar a um rosadinho viçoso. de maneira que tudo começa e passa e acaba no Viço, estou desgraçada, !ai! e se um dia o meu coração não se regenera como por magia e se rebenta, penso aflitinha,
cala-te e não penses nisso
rapariga atenta
rabujenta
porque o teu coração
é feito
e por fazer
de um trilhão
de tecidos e linhas de viço
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